Vítor Bruno, treinador do FC Porto, antecipou o embate frente ao Moreirense, a contar para a Taça de Portugal, e que está agendada por 17h00.

Moreirense: "Uma equipa que não perde em casa num passado recente. São seis/sete jogos em que não perde em casa, inclusive com um rival nosso que teve dificuldades em passar em Moreira de Cónegos. Será sempre um jogo diferente daquele que tivemos na Taça da Liga. O onze será naturalmente diferente. O momento é outro, o contexto também, e eles jogam perante os seus adeptos. Temos uma grande vontade de regressar às vitórias. Olhar para o jogo para buscar boas sensações para nos reerguemos para passar uma fase que não é a melhor. Não estamos a fugir a nada. O futebol é assim. É o momento."

Contestação depois da derrota na Luz. "Há sempre um impacto forte. Deixa sempre mossa. Aquilo que eu digo da agonia, de resolver no dia seguinte. Ela prolonga-se por mais tempo. Mas é uma agonia no sentimento. O que é levado para treino, as crenças e as convicções, estão lá a partir do primeiro treino após uma derrota que nos doeu. Eu sou muito prático. Acredito que muito daquilo que somos é resultado de 20/30% do que nos acontece e 70/80% da forma como reagimos ao que nos acontece. Aquilo que fizemos foi simples. Identificar problemas no jogo contra o Benfica e encontrar soluções. Não me vou desviar um milímetro daquilo que acho que é o melhor para a equipa. Os adeptos são soberanos. São o grande motor do clube. Têm espaço para se manifestar. Devem e podem fazê-lo. Agora se concordo ou não com a forma como fazem, isso é outra questão".

Cantos à casa: "É preciso não esquecer o perfil do plantel, a média de idades da equipa, que tipo de jogadores que temos. Ainda esta semana, tivemos um jogador que foi ter aulas de tarde depois do treino da manhã. São miúdos em idade precoce. Só o tempo dirá se traz consequências positivas ou negativas. Eu estou aqui há oito anos, não há um. Conheço os atalhos todos da casa. Às vezes, se alguma coisa sai por conveniência ou por algum interesse particular, eu também percebo".

Teve o carro danificado após o clássico?  "Já disse no início, eu conheço os atalhos todos da casa e não ia com a cabeça fora do vidro. O que saiu na imprensa no dia seguinte foi empolado. Danos na viatura: zero, zero. Como querem passar a mensagem, de que forma a querem passar, com que interesse. Não depende de mim. E desperdiço zero energia com isso. Quero ser muito Porto amanhã e trazer mais uma vitória, passando na Taça. Insatisfação dos adeptos... eles podem manifestar-se. Agora como, fica ao critério de cada um. Posso concordar ou não."

Fran Navarro poderá ser opção frente ao Moreirense: "Quando disse que o Fran merecia cada cêntimo do salário, levantou algum celeuma e houve gente que comentou, e bem, mas não é pelo facto de não jogar que não é bom profissional. Temos, se calhar, de dar mais valor ainda aos que não jogam e têm rendimento permanente e não se coíbem do que a outros que, se calhar, estão em grandes momentos. Se calhar o Fran faz o Samu andar no fio da navalha em termos de rendimento alto. Temos o Danny, o Samu, o Fran. Depende do momento do jogo. O Moreirense pode meter outro avançado em campo, é tudo estratégia, temos de passar o máximo de informação. O Fran está disponível e é capaz de ir a jogo amanhã."

Iván Jaime e Vasco Sousa perderam espaço no FC Porto: "Questão de opção técnica, única e simplesmente.”