O Benfica joga na quinta-feira a segunda mão das meias-finais da Liga Europa com os italianos da Juventus, levando para Turim uma vantagem de 2-1 e o sonho de uma segunda final consecutiva na prova.
Na primeira mão, na quinta-feira passada, no Estádio da Luz, em Lisboa, o Benfica ganhou por 2-1, mas o golo fora dos italianos permite-lhes pensar em fazer apenas um tento em Turim para seguir em frente.
Os "encarnados" receberam a Juventus já campeões de Portugal e vão a Turim duplamente moralizados: no domingo, eliminaram os rivais FC Porto nas meias-finais da Taça da Liga (a última prova que restava aos "dragões") e podem fazer o "triplete" caseiro (Campeonato, Taça de Portugal e Taça da Liga) e a Liga Europa.
Por outro lado, o Benfica poupou mais de meia equipa contra o FC Porto (dos habituais titulares jogaram de início Oblak, Siqueira e Lima), dando também mais tempo de recuperação ao sérvio Fejsa e ao argentino Gaitán, jogadores que - juntando a Enzo Pérez - poderão ser fundamentais no meio-campo "encarnado" em Turim.
Já a "vecchia signora" não terá o "conforto" de receber o Benfica já campeã (a AS Roma frustrou essa possibilidade, ao ganhar no domingo, para a 35.ª jornada), mas poderá já contar com o regressado Arturo Vidal, o médio chileno que tem sido um dos esteios da equipa.
Esta é a terceira vez que as duas se encontram em eliminatórias de competições europeias. Em 1968, o Benfica afastou a Juventus nas meias-finais da Taça dos Campeões Europeus com duas vitórias (2-0 na Luz, com golos de José Torres e Eusébio, e 1-0 em Turim, com golo de Eusébio).
A Juventus retribuiu "o favor" em 1993, eliminando o Benfica nos quartos de final da então Taça UEFA: em Lisboa, os "encarnados" ganharam por 2-1, com Vítor Paneira a apontar os golos portugueses e Gianluca Vialli, de grande penalidade, a apontar o tento italiano. Na segunda mão, os italianos - que nesse ano viriam a levantar a Taça - ganharam por 3-0, com golos de Jürgen Kohler, Dino Baggio e Fabrizio Ravanelli.
Ou seja, nos cinco jogos oficiais entre as duas equipas, o Benfica ganhou quatro e perdeu apenas um, marcando sete golos e sofrendo cinco.
A Juventus detém três troféus desta competição (1977, 1990 e 1993), mas a última vez que chegou à final foi há 19 anos, em 1995, quando perdeu frente ao Parma. Os homens de Antonio Conte têm ainda mais um incentivo: a final da edição deste ano é em sua casa, no Juventus Stadium, em Turim.
Para o Benfica de Jorge Jesus esta é a oportunidade de chegar à final da Liga Europa em duas épocas consecutivas, depois da derrota no jogo decisivo no ano passado, frente ao Chelsea, por 2-1. Os "encarnados" já tinham sido finalistas vencidos em 1983, quando - numa final a dois jogos - os belgas do Anderlecht levantaram o troféu.
Na outra meia-final, o Sevilha (vencedor do troféu em 2006 e 2007) parte para o jogo da segunda mão frente ao Valência, dos portugueses João Pereira, Ricardo Costa e Ruben Vezo, com uma vantagem de 2-0, conquistada no estádio Sanchez Pizjuan, onde contou no “onze” com Beto, Diogo Figueiras e Daniel Carriço.
No entanto, na memória dos andaluzes deverá ainda estar a forma como o Valência chegou às meias-finais, dando a volta a uma derrota por 3-0 frente ao Basileia, na Suíça. Na receção ao Basileia, a equipa de Valência, que ganhou a Taça UEFA em 2004, bateu os suíços por 5-0, embora após prolongamento e numa altura em que os helvéticos atuavam com menos dois elementos.
O Juventus-Benfica, no Juventus Stadium, em Turim, e o Valência-Sevilha, no Estádio Mestalla, em Valência, começam ambos às 20h05 (hora de Lisboa).
Comentários