
"Se lermos os números, não acho que alguém diga 'esses números são fabulosos'", disse Georgieva durante uma conferência de imprensa, nas reuniões de primavera da instituição do Banco Mundial, referindo-se à previsão de crescimento global de 3% para os próximos cinco anos.
Foi assim que Georgieva respondeu a uma pergunta dos jornalistas sobre as declarações da secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, que disse na terça-feira que, embora se deva continuar vigilantes sobre os riscos que a economia mundial enfrenta, não devemos "exagerar a negatividade" prevista por instituições como o FMI.
"Concordo com Yellen em que tememos uma recessão", mas "2,8% de crescimento global não é suficiente para criar oportunidades para as empresas e pessoas e o mais preocupante é a projeção de um crescimento mais fraco no longo prazo", disse.
Para a responsável do FMI, ambas estão a ver "a mesma fotografia", mas é "uma imagem muito complexa".
"Se quisermos superar as tendências negativas de crescimento que nos impedem e impedem as aspirações das pessoas, temos de nos concentrar na ação, nas reformas estruturais. É difícil, mas necessário", acrescentou.
O FMI publicou esta terça-feira, no quadro das suas reuniões de primavera que se realizam esta semana em Washington, o mais recente relatório de previsões macroeconómicas, no qual sublinha que a incerteza continua a reinar no panorama global e alerta que a economia continuará a desacelerar em 2023 e crescerá apenas 2,8% este ano.
"Os números também não são horríveis, não estamos em recessão (...) mas os números também não são horríveis, não estamos em recessão, mas não estamos num bom lugar. Vemos os riscos a aumentar, mas agora também temos um histórico de resiliência nos últimos anos", salientou.
AAT // MSF
Lusa/Fim
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