O Benfica deu por encerrada a época 2024/25 com uma pesada derrota frente ao Chelsea (1-4), nos oitavos de final do renovado Mundial de Clubes, mas já tem o foco apontado à nova temporada — que se adivinha intensa e sem pausas.

Bruno Lage não escondeu a preocupação com o calendário, que deixa pouco ou nenhum espaço para um verdadeiro período de descanso.

"Temos de dar no mínimo 15 dias a estes jogadores para recuperar e, depois, vamos ter duas semanas e meia para preparar a Supertaça", lamentou o técnico encarnado, sublinhando que o tempo ideal de preparação ronda as cinco semanas.

"Temos de nos reinventar, perceber a importância deste arranque de época. Vamos disputar a Supertaça, duas eliminatórias da Liga dos Campeões e começar o campeonato. O Benfica tem de entrar a todo o gás", afirmou.

O calendário obriga a essa abordagem. Os jogadores terão cerca de duas semanas de descanso antes do arranque da preparação no Benfica Campus, com a Supertaça frente ao Sporting marcada já para 31 de julho.

A isso junta-se o desafio europeu: por ter terminado a Liga em segundo lugar, o Benfica não tem entrada direta na fase de grupos da Champions e terá de disputar duas pré-eliminatórias.

A 3.ª pré-eliminatória tem jogos marcados para 5 ou 6 de agosto (1.ª mão) e 12 de agosto (2.ª mão), com o sorteio agendado para 21 de julho. Caso ultrapasse essa fase, o Benfica seguirá para o ‘playoff’, com duelos a 19 ou 20 e 26 ou 27 de agosto. Pelo meio, a estreia no campeonato acontece no fim de semana de 9 e 10 de agosto, encaixada entre os jogos europeus.

Com um calendário tão apertado, a margem de erro será mínima. A presença na fase de grupos da Liga dos Campeões é vista como vital a nível financeiro e desportivo, enquanto a conquista da Supertaça surge como oportunidade imediata de limpar a imagem de uma época marcada por desilusões. O verão promete ser curto e exigente na Luz — e o Benfica sabe que não pode falhar no arranque.