A revisão da distribuição das verbas das apostas desportivas destinadas ao futebol profissional e um novo modelo de financiamento do custo do VAR figuram entre as medidas propostas terça-feira por Nuno Lobo, candidato à Federação Portuguesa de Futebol.

Na véspera do Conselho de Presidentes da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Nuno Lobo divulgou os cinco principais compromissos do seu projeto para com as Sociedades Anónimas Desportivas (SAD), que disputam as duas competições profissionais.

No âmbito da revisão imediata da distribuição das verbas das apostas desportivas, o candidato defende uma alteração imediata sobre a distribuição da percentagem das verbas das apostas desportivas destinada ao futebol profissional”, explicando que “a mesma passará de 25% para 50%, duplicando, assim, o montante que as Sociedades Desportivas recebem atualmente”.

O atual líder da Associação de Futebol de Lisboa propõe-se alterar o “modo de financiamento do custo integral do VAR, garantindo um futebol mais justo e transparente, sem que isso represente uma carga adicional para as Sociedades Desportivas”.

Nuno Lobo, o único a assumir até à data uma candidatura à sucessão de Fernando Gomes, quer também criar um fundo de emergência de apoio ao futebol profissional, num montante global de 15 milhões de euros, disponibilizando 500 mil euros para cada SAD da I Liga e 350 mil euros para as da II.

O candidato às eleições de 14 de fevereiro pretende também criar, em colaboração com o setor bancário, “uma linha de crédito especial para a aquisição e construção de campos de treino” com um “prazo de pagamento de 10 anos e garantias da FPF, o que possibilitará às Sociedades Desportivas investirem na qualidade das suas infraestruturas”.

Entre as medidas terça-feira divulgadas, figura ainda a distribuição de recursos para infraestruturas, a partir dos lucros acumulados pela FPF.

“Devido à excelente gestão financeira operada na FPF nos últimos anos, é possível canalizar parte dos lucros acumulados para as Sociedades Desportivas. Como Presidente, proponho a alocação de 35 milhões de euros para melhorar infraestruturas desportivas e centros de treino, promovendo a competitividade e fortalecendo o nosso futebol”, refere a proposta.