Os jogos de futebol profissional são retomados no Chipre depois do final da greve da arbitragem convocada depois do ataque com uma bomba feira a um dos árbitros, revelaram as autoridades cipriotas esta segunda-feira.
Todos os jogos em todas as divisões foram adiados, depois do carro de um árbitro ter sido atacado com uma bomba, na cidade costeira de Larnaca.
Os árbitros terminaram o proteste depois de receberem garantias da Federação Cipriota de Futebol e do Ministro da Justiça George Savvides, durante uma reunião esta segunda-feira, de que serão tomadas medidas extra para a sua proteção.
A explosão de uma bomba na passada sexta-feira danificou o carro que pertencia a Andreas Constantinou, árbitro de 33 anos e aconteceu depois do Chipre começar a investigar as alegações de manipulação de resultados.
Um oficial do Ministério da Justiça irá servir de ponto de contato para os árbitros e para todos os que tenham informação sobre a manipulação de resultados, afirmou Savvides aos repórteres.
O ministro da justiça afirmou ainda que ficará disponível uma linha direta para qualquer pessoa que queira denunciar a manipulação de resultados.
A polícia irá também aumentar a segurança nas partidas que contem com a arbitragem de árbitros que se sintam sob ameaça.
Na semana passada, a UEFA enviou notificações relacionados com cinco conjuntos de tendências de apostas suspeitas no futebol cipriota.
Kypros Michaelides, chefe da polícia, afirmou que a investigação sobre a notificaçoes enviadas pela UEFA está a acelerar.
Os media locais relataram que a UEFA enviou à federação cipriota um total de 84 notificações relacionadas com manipulação de resultados desde 2011 com zero acusações.
No início do mês, o Omonia Nicosia, clube da primeira divisão, pediu à UEFA e à FIFA para intervirem contra a corrupção no futebol cipriota.
O Omonia quer que a UEFA e a FIFA investiguem o assunto e que durante esse período suspendam as equipas cipriotas das competições internacionais.
O clube afirmou num comunicado ter "recolhido provas suficientes para persuadir a UEFA e a FIFA a abrirem um caso sobre a situação do futebol no Chipre.
Savvides pediu aos clubes que se chegassem à frente com as provas que tenham para "acabar com o silêncio" na manipulação de resultados.
Nos últimos cinco anos, os árbitros cipriotas realizaram três greves depois de ataques aos seus membros.
O chefe da federação cipriota, George Koumas, afirmou esperar que com o apoio do governo "o campeonato retome sem notificações de manipulação de resultados e sem violência".
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