O prometido ataque dos ‘lobos esfomeados’ da Bósnia foi uma ilusão de Miroslav Blazevic, pois Portugal até passou por mais dificuldades em Lisboa. Hoje, a selecção nacional demonstrou uma grande união, resistiu quando foi necessário e resolveu o jogo quando teve oportunidade.
A primeira parte revelou algum equilíbrio, com a Bósnia a pressionar em busca do golo, mas sem o necessário discernimento. Aliás, a melhor jogada do primeiro tempo foi mesmo de Portugal, aos 24 minutos, com Raul Meireles a concluir uma excelente jogada colectiva à figura de Hasagic.
Sem Deco no onze, a equipa comandada por Carlos Queiroz mostrou uma boa organização, ainda que com algumas dificuldades iniciais a nível ofensivo, com Simão e Liedson algo ‘escondidos’ do jogo.
O nulo chegou assim até ao intervalo, mas a segunda parte foi totalmente diferente.
Portugal provou a sua superioridade e carimbou o apuramento logo aos 55 minutos. Nani isolou bem Raul Meireles, que isolado perante o guardião bósnio não perdoou e fez o 1-0. A partir daí, sucederam-se várias oportunidades desperdiçadas pela equipa portuguesa. Meireles (57’ e 71’), Liedson (66’ e 68’) e Bruno Alves (88’) podiam ter elevado a contagem, mas a margem mínima resistiu até ao final.
A Bósnia não se soube recompor do golo sofrido e o desnorte agravou-se com a expulsão de Salihovic, aos 76’, por protestos, o que gerou a revolta entre os adeptos e a agressão ao árbitro auxiliar com um objecto atirado das bancadas. Seguiu-se uma breve interrupção, mas nada que mudasse a história do jogo.
O melhor que a Bósnia conseguiu foi um bom livre de Pjanic, aos 75’, mas Eduardo respondeu com classe.
Os ‘lobos esfomeados’ deixaram escapar a ‘presa’ portuguesa, que ruma já a caminho da África do Sul, graças a uma boa exibição colectiva em Zenica. É o culminar de uma década de sucesso, com presenças em todos os Europeus e Mundiais disputados no século XXI. A festa portuguesa segue dentro de momentos…
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