“Não posso esquecer os meus ex-jogadores”, disse na sua apresentação como novo treinador do Real Madrid, quando questionado por um jornalista se se considera o melhor treinador do mundo.
“Se me fazes esta pergunta é porque tive uma equipa fantástica, com jogadores fantásticos que espero que na próxima temporada possam ganhar tudo. Tudo menos a Champions. De coração, não posso esquecer este grupo que foi verdadeiramente fantástico”, afirmou.
Além dos jogadores da equipa italiana, Mourinho não se esqueceu de nomear os jogadores das suas duas anteriores equipas: FC Porto e Chelsea.
José Mourinho referiu ainda que quer conhecer bem a estrutura do Real Madrid, que considera essencial para conquistar os objectivos de vitória e que há que “fazer muitas perguntas” e contratar "três ou quatro jogadores" para ter uma equipa com o seu cunho.
Questionado sobre como vê o internacional português Cristiano Ronaldo, Mourinho classificou-o como “um jogador incrivelmente importante, não apenas para o Real, mas para o mundo do futebol”.
“Mas as forças das minhas equipas têm sido sempre a equipa e não os indivíduos. E os jogadores entendem que o mais importante é o clube, não o jogador ou o treinador”, disse.
“Se todos entendermos isto não será difícil conseguir resultados. O Cristiano é um vencedor e se gosta de ganhar não será difícil persuadi-lo de que o mais importante não é os jogadores ou a equipa mas sim o clube”, frisou.
Insistiu que os objectivos para o Real “não são diferentes” dos que teve nos outros” e que gosta da pressão, sendo que “o segundo ano de trabalho é o ano chave onde se encontra o balanço” na equipa.
O treinador português disse ter já hoje falado com Raul, um dos mais veteranos do Real Madrid, cuja opinião é crucial “como histórico do clube”, insistiu que "não é antibarcelonista", respeitando o FC Barcelona “como qualquer outro adversário”. No entanto, o "El especial", como já é conhecido pela imprensa espanhola, não quis adiantar se irá continuar com o veterano na equipa "merengue".
“Se sou odiado em Barcelona o problema é de quem me odeia, não é problema meu. Da mesma forma como com profissionalismo preparei 10 encontros contra o Barcelona em cinco anos. É o mesmo que devo fazer no Real Madrid”, disse.
“É um grande rival mas medo não é uma palavra do meu dicionário futebolístico. E não quero que seja do dicionário dos meus jogadores. Aliás não vou querer que a palavra medo entre no balneário do Real Madrid. Quero é que os nossos adversários sintam medo quando falarem de nós.”, afirmou.
O técnico português assinou esta manhã um contrato válido por quatro anos com o presidente do Real Madrid, Florentino Perez, tendo estado ainda presentes Jorge Valdano e o presidente honorário dos "merengues" Alfredo di Stéfano.
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