A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) decretou a observação de um minuto de silêncio nos jogos das competições que organiza, entre hoje e domingo, em memória do antigo Presidente da República Jorge Sampaio, que morreu aos 81 anos.
“A Direção da FPF decreta um minuto de silêncio em memória de Jorge Sampaio. Todos os jogos das competições organizadas pela FPF realizados hoje e no fim de semana serão precedidos de um minuto de silêncio em homenagem ao antigo Presidente da República”, informou o organismo, em comunicado.
O presidente da FPF, Fernando Gomes, já tinha lamentado a morte de Jorge Sampaio, destacando o contributo dado pelo antigo Presidente da República ao país e ao futebol.
"É com profunda emoção e tristeza que vejo partir Jorge Sampaio, antigo Presidente da República e figura incontornável da democracia do nosso país. Teve uma vida ligada à luta pelos direitos e liberdades, pautou o seu trajeto político pela coragem e coerência e deixou sempre a marca de um humanismo próprio de quem tem vincado sentido de justiça”, assinalou o líder federativo.
Fernando Gomes recordou o “homem digno e íntegro”, que “honrou a política e foi um exemplo de civismo”, identificando Jorge Sampaio como “uma personalidade importante para o futebol português, pelo contributo que deu como jurista e como figura pública que se manteve sempre atento ao fenómeno desportivo”.
Antes do 25 de Abril de 1974, foi um dos protagonistas da crise académica do princípio dos anos 60, que gerou um longo e generalizado movimento de contestação estudantil ao Estado Novo, tendo, como advogado, defendido presos políticos durante a ditadura.
Jorge Sampaio foi secretário-geral do PS (1989-1992), presidente da Câmara Municipal de Lisboa (1990-1995) e Presidente da República (1996 e 2006).
Após a passagem pela Presidência da República, foi nomeado em 2006 pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas enviado especial para a Luta contra a Tuberculose e, entre 2007 e 2013, foi alto representante da ONU para a Aliança das Civilizações.
Atualmente presidia à Plataforma Global para os Estudantes Sírios, fundada por si em 2013 com o objetivo de contribuir para dar resposta à emergência académica que o conflito na Síria criara, deixando milhares de jovens sem acesso à educação.
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