
O presidente do Gondomar, Álvaro Cerqueira, lamentou esta quinta-feira a trágica morte de Diogo Jota, vítima de um acidente de viação em Espanha, sublinhando que o internacional português, formado no clube, “é a maior figura da história do Gondomar” e continuará a ser o símbolo de uma geração.
Cerqueira revelou, com emoção, que tinha falado com o jogador na noite anterior: “Estive a falar com ele ontem às 10 da noite, quando estava em viagem. Recebi hoje a notícia com choque.”
Para o dirigente, Diogo Jota era muito mais do que um jogador que passou pelo clube: era uma presença constante.
“Sempre que vinha a Gondomar passava no clube, gostava de estar com os miúdos. A Academia foi montada para os meninos treinarem e as camisolas têm a fotografia dele ao peito”, contou.
A ligação entre Jota e o clube da sua formação manteve-se forte ao longo dos anos, mesmo após a ascensão ao mais alto nível do futebol europeu. “Todas as vezes que vinha cá ligava para vir treinar.
Chegaram a vir treinadores de lá para cá, por iniciativa dele”, explicou o presidente, que destacou também o papel de Jota na publicação que assinalou o centenário do Gondomar: “Na maior parte das páginas ele está lá.”
Álvaro Cerqueira recordou o talento precoce do avançado, que se evidenciava nos escalões jovens: “Jogava com juvenis e juniores e fazia golos em todos os jogos. Toda a gente dizia para fazer contrato, mas sabíamos que, se o fizéssemos, ele nunca mais ia sair daqui. Aqui foi o arranque da vida dele.” Mesmo após a ida para o Paços de Ferreira, o clube nunca deixou de acompanhar o seu percurso: “Sempre que ganhava, ligava-lhe. Quando foram campeões na Liga das Nações, tive de lhe mandar mensagem.”
Sobre André Silva, irmão de Diogo Jota e também ele formado no Gondomar, o dirigente deixou palavras sentidas: “Era diferente do Diogo. Quando chegou aqui, fez um treino e o treinador disse logo que ele ia ser jogador. Teve o azar de ter as lesões que teve.” Álvaro Cerqueira lamenta a perda de dois jovens que marcaram o clube e diz, com tristeza: “O futebol português perde muito.”
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