A exclusão do Lyon da Ligue 1 tem dominado a atualidade desportiva em França. O histórico clube, sete vezes campeão consecutivo entre 2002 e 2008, foi despromovido pela Direção Nacional de Controlo de Gestão (DNCG), organismo responsável pela supervisão financeira dos clubes, por não cumprir os critérios exigidos à elite do futebol francês.

A decisão está a ser contestada, mas a presença do Lyon na primeira divisão na próxima temporada permanece em aberto.

Na tentativa de reforçar a sua posição e demonstrar solidez financeira, o Lyon recebeu uma inesperada ajuda do Paris Saint-Germain. Segundo a RMC Sport, os parisienses decidiram antecipar o pagamento da totalidade do montante ainda em dívida pela contratação de Bradley Barcola, avançado transferido do Lyon para o PSG em 2023 por 50 milhões de euros. O valor estava a ser pago em prestações, mas será agora liquidado de imediato, numa injeção de capital que pode ser determinante no processo de recurso do Lyon.

Os problemas financeiros do clube têm origem nas dificuldades da Eagle Football Holdings, grupo liderado por John Textor, que detém participações em vários clubes. Na tentativa de contornar a crise, a holding vendeu recentemente a sua participação no Crystal Palace, operação que rendeu uma entrada de 200 milhões de euros.

Entretanto, John Textor deixou o comando do Lyon e anunciou dois novos responsáveis: o alemão Michael Gerlinger assume o cargo de CEO e a sul-coreana naturalizada americana Michele Kang é a nova presidente do clube.

A decisão final da DNCG será conhecida nos próximos dias. Até lá, o Lyon continua a lutar fora das quatro linhas para garantir que permanece entre os grandes do futebol francês.