O Sevilla manifestou esta sexta-feira a sua “mais absoluta indignação” perante a proposta de sanção da Comissão Estatal Antiviolência, que prevê o encerramento total do estádio Ramón Sánchez-Pizjuán durante um mês e a aplicação de uma multa de 120 mil euros, na sequência dos incidentes registados no dérbi frente ao Real Betis.
- Tudo sobre o desporto nacional e internacional em sportinforma.sapo.pt -
Num comunicado divulgado sem aguardar pela notificação oficial, o clube de Nervión sublinha que a medida “não é executiva” e, por isso, o encerramento do recinto “não terá lugar este fim de semana”. Ainda assim, o tom do texto é contundente, com o Sevilla a classificar a proposta como “totalmente desproporcionada”, “desprovida de qualquer fundamento mínimo” e representativa de “um novo e flagrante agravo comparativo”.
Os andaluzes argumentam que, noutros casos com “episódios semelhantes ou até mais graves”, as penas aplicadas foram consideravelmente mais leves, considerando que esta decisão “representa uma forma cruel de injustiça, sem justificação objetiva”, além de gerar “uma discriminação intolerável” que acaba por penalizar “toda uma massa adepta soberana que se deslocou ao estádio”.
A polémica surge na sequência dos acontecimentos no dérbi frente ao Betis, que incluiu a exibição de um tifo pelo grupo Biris Norte e terminou com derrota do Sevilla por 0-2, com golos de Pablo Fornals e Sergi Altimira, ambos na segunda parte.
No comunicado, o clube reforça ainda a sua posição institucional, lembrando que mantém “uma política de tolerância zero perante comportamentos inadequados”, e revela ter encarregado os seus serviços jurídicos de “analisar em profundidade o conteúdo” da proposta da Comissão Antiviolência.
“O Sevilla mostrou-se totalmente colaborante com a Polícia para identificar os autores do arremesso de alguns objetos na parte final do encontro”, refere ainda a nota, garantindo que serão aplicadas as medidas previstas no regulamento disciplinar interno aos responsáveis, “independentemente de outras sanções que possam vir a ser aplicadas”.
Comentários