O chefe médico do futebol escocês alertou que a pandemia da COVID-19 pode exacerbar problemas de saúde mental entre jogadores "em risco".
No mês passado o sindicato mundial de jogadores, FIFPro, avisou para um aumento acentuado no número de jogadores que reportaram sintomas de ansiedade e depressão desde que os jogos foram suspensos mundialmente.
Um estudo de 2015 deu conta que 64% dos jogadores na Escócia afirmaram que o próprio ou um colega de equipa teve problemas de saúde mental.
"O nosso estudo inicial identificou os 'gatilhos' que despoletam problemas de saúde mental nos jogadores", John MacLean, chefe médico da Federação Escocesa de Futebol, disse ao site da mesma.
"Estes incluem jogadores no início ou no final das suas carreiras com a incerteza que rodeia os seus novos contratos e a perspetiva de encontrar emprego e sustento financeiro fora do futebol profissional. (...) Em alturas como estas, alguns jogadores que já estavam em risco vão sentir um impato maior", acrescentou.
MacLean faz parte do grupo de resposta conjunta COVID-19, que junta a Federação com a Liga Escocesa de Futebol Profissional.
O futebol na Escócia está suspenso até pelo menos 10 de junho e todas as competições abaixo da Premiership foram canceladas.
Os clubes da Premier League vão reunir esta sexta-feira para discutir as propostas para completar a época à porta fechada.
"De uma perspetiva médica, vamos olhar para as questões relacionadas com o caminho de volta aos treinos e a eventuais jogos", disse MacLean.
"Vamos discutir as praticabilidades da testagem, protocolos para jogadores e staff que não se sintam bem, tal como a utilização de instalações partilhadas com outros grupos. Quando alistamos todos os aspetos,vemos que é uma grande tarefa mas temos um grupo motivado em encontrar soluções e a ter aconselhamento de outros à volta do Reino Unido e do mundo, tanto no futebol como nos outros desportos"
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