As cerimónias fúnebres de Pelé ainda dão que falar e a ausência de algumas figuras do futebol brasileiro parecem ser agora um dos principais motivos de conversa.

Walter Casagrande, antigo internacional e ex-FC Porto foi um dos que se insurgiu publicamente, começando por deixar palavras mais duras a Neymar e Kaká.

"[Neymar] foi representado pelo pai, mas de madrugada estava numa festa a 'curtir' um samba – isto mostra toda a dor que sentiu pela morte do Rei Pelé", atirou numa crónica no site brasileiro UOL. Recorde-se que as mais recentes notícias apontam para que o extremo do Paris SG terá falhado as cerimónias fúnebres por impedimento do clube.

O ex-futebolista Kaká também não escapou às críticas: "Onde está o Kaká, que disse que os brasileiros não reconhecem os seus ídolos? Pois bem, Kaká. Depois do que vimos no velório do Pelé, ficou claro que quem não reconhece os grande ídolos és tu. Ou talvez tivesses ido por um cachê interessante...", acrescentou Casagrande também em tom acusatório.

Dani Alves e Tite também foram mencionados pelo antigo avançado. Quanto ao lateral do Pumas, Casagrande diz que "nem um post fez". Já sobre o ex-selecionador brasileiro, a crítica vai para o facto de significar uma ausência na representação da seleção que disputou este último Mundial no Qatar.

Pelé morreu na quinta-feira, aos 82 anos, no hospital israelita Albert Einstein, em São Paulo, na sequência da falência de múltiplos órgãos, resultado da progressão do cancro do cólon.

O ex-futebolista estava internado desde o dia 29 de novembro naquele hospital para tratamento de quimioterapia a um tumor no cólon e tratamento de infeção respiratória.

Nascido em 23 de outubro de 1940 na cidade Três Corações, em Minas Gerais, Pelé foi o único futebolista três vezes campeão do mundo, em 1958, 1962 e 1970, marcou 77 golos nas 92 internacionalizações pela seleção brasileira e jogou pelo clube brasileiro Santos e pelo Cosmos, dos Estados Unidos.

Foi ainda ministro do Desporto no governo de Fernando Henrique Cardoso, entre 1995 e 1998, e eleito o desportista do século pelo Comité Olímpico internacional (1999) e futebolista do século pela FIFA (2000).