Novembro de 2002. Luís Figo está na sua segunda temporada com a camisola do Real Madrid e visita Camp Nou com a camisola dos merengues pela segunda vez. A sua transferência para o rival está longe de ser esquecida por parte dos adeptos catalães. Aos 24 minutos de jogo, quando Figo se preparava para bater um canto, por entre os já habituais gritos de 'pesetero' e a chuva de objetos, um, bem insólito, cai junto ao internacional português: nada mais, nada menos do que...uma cabeça de porco.
Foi um dos momentos mais icónicos da história do 'El Clasico', gravado na memória de todos os que assistiram.
Avançamos 22 anos no tempo. Para novembro de 2024, no Brasil. E a história repete-se: mais uma cabeça de porco atirada para o relvado. Desta vez foi num dérbi paulista entre Corinthians e Palmeiras.
Os adeptos do Corinthians, a jogar em casa, replicaram o que os do Barcelona haviam feito mais de duas décadas antes e atiraram também para o relvado uma cabeça de porco, quando Raphael Veiga ia bater um canto, atrasando a marcação do mesmo. Yuri Alberto deu um pontapé no insólito objeto para o afastar dali e quase corria mal...
"Quase parti o pé. Pensei que fosse uma almofada, qualquer coisa do género, mas era uma cabeça de porco! Quase magoei o pé", disse Yuri Alberto após o jogo.
A Polícia, entretanto, solicitou imagens do estádio ao Corinthians e está a investigar como é foi possível a cabeça do animal entrar no recinto e ser arremessada para dentro de campo.
Um episódio insólito, a fazer então lembrar o de Figo, muitos anos antes, com o qual o antigo Bola de Ouro português até brincou recentemente, aludindo ao inusitado incidente, num anúncio da Uber Eats em que surgia a comer...leitão.
"Passaram muitos anos desde aquele fatídico Clásico. E para o celebrar incluíram o meu prato preferido. Claro que, se forem ao jogo, deixem o leitão em casa", diz, ironicamente, o antigo camisola 7 do Barcelona (e 10 do Real Madrid) no referido anúncio.
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