O jogo amigável entre Brasil e Portugal, realizado a 19 de novembro de 2008, continua a dar que falar no outro lado do Atlântico. Depois de ter sido provado que o jogo tinha sido financiado com dinheiro público, uma reportagem do jornal brasileiro “Folha de S. Paulo” veio agora alimentar a polémica com provas de que a hospedagem da seleção brasileira e portuguesa foram brutalmente inflacionadas, pelo mesmo grupo empresarial responsável pelos pacotes VIP para o Mundial 2014.
Segundo revela o jornal brasileiro “Folha de S. Paulo”, que teve acesso às faturas dos hotéis que receberam as duas delegações, os valores pagos por ambas as estadias é muito menor em relação às faturas apresentada pela Ailanto, empresa contratada pelo governo do Distrito Federal para organizar a partida e que pertence ao atual presidente do Barcelona, Sandro Rosell.
De acordo com o Ministério Público do Distrito Federal, ficou provado que a empresa de Sandro Rosell obteve uma licença ilegal de licitação do governo local, e terá usado um documento falso para comprovar a capacidade técnica da sua companhia.
O jornal brasileiro revela ainda que o registo dos gastos de hospedagem da seleção brasileira ascendeu aos R$ 38 mil (cerca de 14 mil euros) enquanto a estadia da seleção portuguesa custou RS 41 mil (16 mil euros) quando a Pallas Turismo, do Grupo Águia, cobrou à Ailanto um total de R$ 211 mil (82 mil euros).
O presidente da Pallas, Wagner Abrahão, e o antigo presidente da Confederação brasileira de futebol, Ricardo Teixeira, foram também implicados na investigação levada a cabo pelo jornal “Folha de S. Paulo”. O antigo presidente da CBF tem ligações estreitas com o Grupo Águia, empresa detentora da Pallas Turismo e da Top Service, agência que vende os pacotes VIP para o Mundial 2014, o que levanta sérias questões na forma como foram gastos os dinheiros públicos.
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