A Federação Cabo-verdiana de Futebol (FCF) decidiu suspender, provisoriamente, o Estádio Orlando Rodrigues, em São Nicolau, e impedir a realização de qualquer jogo oficial “enquanto decorre o processo” e manter o calendário inalterável da segunda mão das meias-finais.
Com efeito, lê-se neste comunicado do organismo que superintende o futebol em Cabo Verde, que “o jogo da segunda mão das meias-finais entre o CS Mindelense e o FC Ultramarina” será disputado no domingo, dia 02 de Julho, às 16h00, no Estádio Adérito Sena, no Mindelo, em São Vicente.
Este é o teor do comunicado da FCF apresentado hoje à Imprensa, em função da não realização do jogo entre Ultramarina de São Nicolau e o Mindelense, de São Vicente, na tarde de terça-feira, referente a primeira mão das meias-finais do campeonato de Cabo Verde, alegadamente por falta de chave para abrir os portões do Estádio.
“As portas do Estádio em causa encontravam-se fechadas e não foram abertas à hora marcada. Segundo consta, o responsável do Estádio é o sr. Francisco Cruz, que, por coincidência, é funcionário da Câmara Municipal do Tarrafal e jogador do FC Ultramarina”, lê-se no documento.
A direção da FCF, explica nesta missiva, que já se encontra na posse dos relatórios da partida, entretanto não realizada, e que remeteu ao Conselho de Disciplina, os relatórios da arbitragem e dos delegados ao jogo para procedimento disciplinar e consequente enquadramento dos factos nas penas disciplinares que ao caso couber, nos termos do art. 21º do Regulamento de Disciplina.
Advertência, repreensão registada, multa, indemnização, derrota, desclassificação, baixa de divisão quando possa ter lugar, suspensão e interdição temporária do campo de jogos são apontados pela FCF, neste comunicado, como possíveis cenário em termos estatutários.
O jogo da primeira mão das meias-finais entre Ultramarina do Tarrafal de São Nicolau e Mindelense esteve envolve em polémica e já vai em três adiamentos, sendo o primeiro, de sábado para domingo e, posteriormente, de domingo para terça-feira, dado a dificuldades da equipa sanvicentina em colocar todos os seus jogadores em São Nicolau.
Já a formação da Ultramarina havia ameaçado faltar o jogo, em sinal de protesto pelos sucessivos adiamentos, alegando, inclusive, falta de dispensa de alguns dos seus jogadores que são trabalhadores na Câmara Municipal do Tarrafal de São Nicolau e na fábrica de conservas de pescado neste concelho.
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