Um grupo de adeptos da seleção de Cabo Verde de futebol insurge contra o afastamento dos “Tubarões Azuis” do Mundial’2014 “na secretaria” e exige a demissão de todos os órgãos sociais da Federação e da sua equipa técnica.

O grupo é conhecido pela sua fervorosa torcida, dada a forma como apoia os “Tubarões Azuis”, mostra-se «agastado com o silêncio» da Federação Cabo-verdiana de Futebol (FCA) neste processo, marcado pela derrota na secretaria de 3-0 para a seleção da Tunísia, sentença que anula o triunfo crioulo de 2-0, em Túnis.

Enquanto porta-voz do grupo, radicado na Cidade da Praia, Vital Vieira disse que culpabiliza toda a equipa federativa por esta derrota, alegando que não se entende como é que «Cabo Verde cometeu um erro crasso desta natureza», na alta competição, sem que nenhum dos seus órgãos tivesse apercebido.

Para Vital Vieira, perante esta contrariedade, só resta o “staff” técnico, orientado por Lúcio Antunes, e a equipa federativa, presidida por Mário Semedo, demitir-se em bloco e assumir as consequências e ameaça que, caso contrário, o grupo está determinado em fazer valer os seus argumentos com manifestações de rua, “venha o que vier”.

Para este adepto, que diz ter recebido «visitas de condolências» em sua casa após a «fatídica notícia» da Comissão Disciplinar da FIFA, que decreta derrota de Cabo Verde na secretaria, o grupo promete manifestar-se, a partir de hoje, para impedir a realização de qualquer jogo.

A direcção da FCF, num comunicado tornado público a 01 de Outubro, prometera falar ao país «nas próximas horas» sobre a confirmação da sentença pela Comissão de Apelo da FIFA, algo que tem deixado impaciente os adeptos dos Tubarões Azuis.

Cabo Verde foi afastado pela FIFA dos “play-off” para o Mundial’2014, alegando utilização irregular do defesa central Fernando Varela na vitória de 2-0 na Tunísia, punido com quatro jogos por «conduta incorrecta para com o árbitro da partida», no jogo na Guiné Equatorial.

É que Varela cumpriu apenas dois dos quatro jogos com que estava castigado, mas a Federação já anunciou que vai recorrer ao Tribunal Arbitral do Desportos (TAS), na Suíça.