O Mindelense alcançou na tarde deste domingo a segunda vitória consecutiva em dois jogos na fase de grupos do campeonato de Cabo Verde, em futebol, ao bater a Académica do Porto Novo, no Mindelo, por 2-1.
A jogar em casa perante o seu público, o Mindelense foi, no entanto, obrigado a operar a reviravolta no jogo já que, bem cedo, aos cinco minutos, já perdia por 1-0, golo apontado pelo avançado Xolote, que acreditou quando os defesas encarnados deram uma bola por perdida pela linha de fundo, na sequência de um livre.
Mindelense que, até, nem tinha começado mal o jogo, pois entrou com ares de dominador e, nos primeiros três minutos, beneficiou do primeiro canto do jogo e de um cabeceamento de Latche na área da Académica que levou algum perigo à baliza de Nuzuca.
Pela disposição tática ficou claro bem cedo que a Académica do Porto Novo entrou a abordar o jogo com o bloco compacto, ou seja a reduzir distâncias entre os sectores, impedindo assim que o Mindelense encontrasse espaço para trabalhar a bola entrelinhas, como bem gosta.
As pedras que Gunga Fonseca, treinador da Académica, distribuiu no terreno tinham também os olhos colocados em saídas em contra-ataque, mas sempre com critério, assim que recuperavam a bola no seu meio-campo.
Ora, o Mindelense, por seu lado, que gosta de ser uma equipa com posse de bola e boa circulação entre os sectores, desta vez, perante a teia montada por Gunga, fez várias tentativas de construção de jogo elaboradas, mas a Académica não permitia uma ocupação inteligentes dos espaços junto à sua grande área.
Latche, por isso, tentou o remate de longe, aos 35 minutos, com algum perigo e, dois minutos depois, lá está, foi preciso a mestria de Iuran num passe a rasgar entre os centrais para velocidade de Latche que concretizou no golo do empate.
Faltavam sete minutos para o fim da primeira parte, o golo foi fator galvanizador, já que o Mindelense se soltou, passou a ser mais rápido sobre a bola e, em cima dos 45 minutos, outra vez Latche, e o golo do 2-1 esteve à vista, mas a bola, caprichosamente, foi de encontro ao poste da baliza da Académica do Porto Novo.
Os primeiros 10 minutos da segunda parte foram os mais pobres de todo o jogo, ressaltos atrás de ressaltos, pouco espaço para se jogar, muita luta e pouco futebol, até que, aos 14 minutos, Xolote deu o aviso, de cabeça, na sequência de um canto e muito perigo para a baliza do Mindelense.
Reação pronta da equipa da casa, e aos 74 minutos, jogada de insistência pelo lado esquerdo do ataque do Mindelense, cruzamento e Papalêlê, sem marcação na pequena área da Académica a cabecear para o fundo das redes e a operar o volte-face (2-1).
Ambos os treinadores esgotaram as substituições e, com 16 minutos para jogar, o Mindelense, agora na liderança, preocupou-se mais em gerir o ganho, deixou Papelêlê sozinho na frente de ataque, refez, portanto, a estratégia para mais contenção.
A Académica do Porto Novo, por seu lado, passou agora a ter mais pressa, contudo sem o discernimento necessário para procurar os melhores caminhos para a baliza encarnada pelo que, no fim, prevaleceu o 2-1.
Na próxima jornada, a terceira do Grupo B, o Mindelense volta a jogar em casa na receção ao Académico do Sal, ao passe que a Académica do Porto Novo faz uma curta deslocação na mesma ilha (Santo Antão) à Ponta do Sol para defrontar o Paulense.
Ficha do Jogo
Estádio Adérito Sena, tarde de Sol com algum vento à mistura
Arbitragem: Manuel Timas (árbitro central), Luís Barbosa e José Carlos (árbitros auxiliares); Osvaldino Neves (quarto árbitro)
Mindelense – Piduca; Vinha, Toi Adão (cap.), Djosa e Ivinha; Dario, Yuran (depois Hidélvis) e Ivan (Djimkely); Ericson (Day), Papalêlê e Latche
Golos: Latche (37 minutos) e Papelêlê (74)
Suplentes não utilizados: Hélio, Fache e Sílvio
Treinador: Rui Alberto Leite
Académica do Porto Novo – Nuzuca (Valdo); Ady, Tony, Coquita e Careca; Tucim, Tchoiss (depois Tiui) e Oceano; Denis (cap.), Davi (Liedson) e Xolote
Golo: Xolote (5 minutos)
Suplentes não utiizados: Kevi, Tratan, Nuno e Fagui
Trinador: Gunga Fonseca
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