O treinador da seleção italiana de futebol, Cesare Prandelli, negou hoje que a sua equipa vá abandonar a Taça das Confederações, a decorrer no Brasil.
Prandelli negou ainda que os seus jogadores tenham pedido para que a equipa desista da prova devido às manifestações que têm marcado os últimos dias em todo o Brasil.
«Os nossos dirigentes não nos propuseram que fossemos para casa. Amanhã (sábado) temos um jogo de futebol e não desejaria que houvesse qualquer condfronto fora do estádio. Seria um paradoxo, jogar futebol e ofereder alegria dentro do estádio, registando-se violência a 50 metros dali», afirmou Prandelli.
Apesar das suas reservas quanto à situação fora do Arena Fonte Nova, no Recife, palco do jogo de sábado entre italianos e brasileiros, Prandelli disse apoiar o direito dos manifestantes em protestar.
«Qualquer manifestação, se for pacífica e se ajudar ao progresso de um país, é bem vinda. Mas é tanta gente, que se torna difícil controlar aqueles que querem gerar violência», sublinhou.
Os protestos começaram no início de junho em São Paulo, exclusivamente contra a subida das tarifas dos transportes públicos, mas estenderam-se a outras cidades no Brasil e de outros países.
A repressão policial às manifestações motivou outras pessoas a protestarem pela paz e pelo direito de manifestação, bem como outras queixas, entre as quais contra a corrupção e a falta de transparência.
Em particular, as manifestações criticam os elevados gastos com a organização de eventos desportivos, como a Taça das Confederações, o Mundial2014 e os Jogos Olímpicos Rio2016, em detrimento de outras áreas, como a saúde e a educação.
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