O clima de instabilidade registado na seleção nacional, durante a preparação para o CAN2019, foi considerado como fator que originou o afastamento prematuro da equipa na prova que decorre no Egito.
A opinião é do técnico de futebol Carlos Queirós, que falava esta quarta-feira à Angop a propósito da eliminação dos Palancas Negras, após derrota (0-1) na terceira e última jornada da fase de grupos.
Disse que os problemas vividos, consubstanciados em ameaças de graves por falta de prémios, falta de treinos e jogo amistoso, alegadamente por indisponibilidade de campo a poucos dias da competição, tiraram tranquilidade ao grupo, pois este efetuou boa fase de apuramento.
Na sua opinião, os Palancas Negras demonstraram um “onze inicial” seguro na abordagem de jogo nas eliminatórias, o que dava bons indicadores em termos de resultados, mas em pleno estágio para o CAN houve contraste.
O ex-treinador do Petro de Luanda e da seleção nacional acrescentou que independentemente de ter integrado um ou outro jogador já na fase final do CAN, como Bruno Gaspar, era importante ter uma estrutura inicial, mas as alterações feitas de jogo- a-jogo reduziram a consistência e fizeram transparecer ausência de uma equipa base, por parte do treinador Srdan Vasiljevic.
“Tínhamos possibilidades de fazer melhor nesta edição, em função da diversidade de talentos presentes na seleção, mas os atletas foram os menos culpados nesta operação em que a organização deixou a desejar”, referiu.
Integrada no grupo E, a seleção nacional precisava apenas de um ponto para se qualificar aos oitavos-de-final, mas foi eliminada ao perdeu para o Mali, por 0-1, depois de ter empatado na estreia com a Tunísia, por 1-1, e com a Mauritânia (0-0).
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