Em 1895, Oscar Wilde escrevia um dos clássicos da literatura mundial. A importância de se chamar Ernesto (The importance of being Ernest, no original). Pegando nesse livro, transportamo-lo até ao relvado e vemos a importância de se chamar André no duelo entre Espanha e Itália. Se na comédia de Wilde Ernesto é um amigo imaginário da personagem principal, no campo ser André é bem real.
Andrés Iniesta e Andrea Pirlo são duas peças chave nos jogos quer da Espanha, quer de Itália e no final desta tarde estarão frente a frente, tal como aconteceu a 10 de junho, no jogo de abertura do grupo C.
O espanhol, nascido a 11 de maio de 1984, agora com 28 anos, é o cérebro (a par de Xavi) de La Roja. Pelos seus pés passa muito do jogo da equipa. Em 2010 foi dele o golo que deu o título mundial à Espanha.
Do outro lado está Pirlo. É daqueles jogadores discretos, tal como Iniesta, mas também ele o condutor de jogo, com passes que parecem teleguiados, milimétricos e tão certeiros. Nasceu a 19 de maio de 1979, conta com 33 anos, mas ninguém diz. Neste Europeu, deixou a sua marca na grande penalidade apontada à Panenka quando a Itália estava em desvantagem face à Inglaterra.
Assim, parece importante ser-se André. Seja na versão espanhola ou na versão italiana. Pirlo teve já três distinções de melhor em campo, Iniesta duas.
Qualquer que seja a equipa vencedora, quer um quer outro não passou indiferente neste Euro2012. A luta pela Bola de Ouro pode incluir estes dois maestros do futebol.
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