Aos 22 anos, Cole Palmer é já um nome a que nenhum adepto de futebol é indiferente. O jovem avançado inglês trocou o Manchester City pelo Chelsea no início da temporada e pegou de estaca nos 'blues', acabando por receber o prémio de 'Melhor Jogador Jovem' da Premier League em 2023/24.
Contudo, poucos saberão das origens de Cole, e de uma história que começa nas Caraíbas. Cole Jermaine Palmer nasceu a seis de maio de 2002, neto de emigrantes oriundos da ilha de São Cristovão e Nevis, que migraram em meados dos anos 50 para o Reino Unido, por forma a ajudar à reconstrução do país após a Segunda Guerra.
Esta geração de migrantes ficou conhecida como a 'Geração Windrush', o mesmo nome do principal navio britânico que os trouxe para terras de Sua Majestade, e o impacto da mesma não se ficou pela reconstrução física do país.
Com efeito, uma Inglaterra até à altura composta, essencialmente, de população de raça branca, foi fortemente influenciada pela chegada da geração 'Windrush', mormente a nível cultural, como é exemplo o surgimento de estilos musicais como o 'ska 2-tone' e o 'reggae-punk. O próprio tio-avô de Cole Palmer fez parte de uma banda de 'soul' (os 'Sweet Sensation'), que teve sucesso durante os anos 70.
Quem conhece Cole Palmer, ou acompanha o jogador nas redes sociais, percebe o orgulho que o jogador tem nas suas raízes, e que faz questão de demonstrar.
Um orgulho e consciência que Palmer leva mesmo até ao relvado, usando a bandeira inglesa e de São Cristovão e Nevis nas suas botas.
"Não gosto de admitir, mas o meu pai ensinou-me tudo sobre futebol (...) A família dele é de São Cristóvão e Névis, no Caribe. Ele odeia sair de casa quando está frio. Mas saía por mim. Por isso eu levo a bandeira de São Cristóvão nas minhas chuteiras, como um pequeno tributo a ele e à sua família", diz Palmer.
Caso entre em campo esta quarta-feira diante dos Países Baixos, Cole Palmer trará consigo, não só 56 milhões de ingleses, como também os cerca de 48 mil habitantes de São Cristovão e Névis.
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