A seleção portuguesa de futebol vai defrontar domingo a Holanda, no fecho do Grupo C do Euro2012, com os “ouvidos” no Dinamarca-Alemanha, mas a vitória deverá ser suficiente para chegar aos quartos de final.
Um triunfo dos dinamarqueses por 3-2 ou por um golo de diferença ainda como mais golos marcados afasta desde logo o conjunto das “quinas”, mas esse é o único cenário que não permite ao “onze” de Paulo Bento depender em exclusivo de si próprio.
Com qualquer outro resultado, um triunfo de Portugal servirá para seguir em frente e manter o pleno em Europeus, já que a equipa lusa passou sempre a fase de grupos nas anteriores participações (1984, 1996, 2000, 2004 e 2008).
O embate, aliado ao triunfo da Alemanha – única equipa que, após sete dias de Euro2012, soma dois triunfos -, também servirá e até uma derrota tangencial pode valer a qualificação, neste caso também se os dinamarqueses caírem face aos germânicos.
Depois do desaire por 1-0 com a Alemanha, Portugal esteve quase a comprometer face à Dinamarca, quando permitiu aos nórdicos recuperar de 0-2 para 2-2, mas um golo salvador de Silvestre Varela, aos 87 minutos, tudo inverteu.
A formação das “quinas” venceu por 3-2 e chega moralizada à última ronda, ao contrário dos holandeses, que não mostraram, perante Dinamarca (0-1) e Alemanha (1-2), vestígios da equipa vice-campeã mundial em 2010.
Face aos holandeses, Paulo Bento deverá repetir o “onze” pela terceira vez, até porque, olhando os dois primeiros jogos, o único jogador que, claramente, não tem cumprido é... Cristiano Ronaldo, cuja titularidade não está, obviamente, em causa.
Portugal jogará, assim, com Rui Patrício na baliza, a mesma defesa, com João Pereira, Bruno Alves, Pepe e Fábio Coentão, apesar do “bis” de Nicklas Bendtner, um meio-campo com Miguel Veloso, João Moutinho e Raul Meireles e um ataque com Nani, Cristiano Ronaldo e Hélder Postiga.
Pela frente, a equipa lusa vai deparar-se com uma Holanda em crise, de resultados e exibições, e obrigada a vencer por mais de um golo para ter algumas hipóteses de qualificação, sempre dependente de um triunfo da Alemanha sobre a Dinamarca.
Os holandeses têm, porém, um enorme potencial, nomeadamente ofensivo, com jogadores da categoria de Robin van Persie, Klaas-Jan Huntelaar, Arjen Robben, Wesley Sneijder ou Rafael van der Vaart, que podem decidir um encontro quando “quiserem”.
As contas estão, porém, muito complicadas para os holandeses, que ainda para mais, não têm grandes recordações de Portugal, que os superou nas meias-finais do Euro2004 (2-1) e nos “oitavos” do Mundial2006 (1-0).
Portugal e Holanda defrontam-se no domingo, em jogo da terceira e última jornada do “grupo da morte”, sob arbitragem do italiano Nicola Rizzoli, ao mesmo tempo que a Alemanha joga com a Dinamarca, em Lviv, num encontro que vai ser arbitrado pelo espanhol Carlos Velasco Carballo.
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