A seleção portuguesa de futebol pode selar terça-feira a sua sétima presença consecutiva em fases finais de europeus e mundiais, mantendo um pleno de sucessos que começou no ano 2000.
Desde a participação, brilhante, no Euro2000, realizado na Holanda e Bélgica, Portugal não mais falhou o apuramento, sendo que, em matéria exclusiva de europeus, o de 2012 poderá ser o quinto consecutivo, numa série iniciada em 1996.
Até à presença no Inglaterra96, europeu em que Portugal caiu nos “quartos”, por culpa de um “chapéu” do ex-benfiquista Karel Poborsky, a formação das “quinas” apenas havia marcado presença em três... de 24 fases finais.
Depois de nove ausências, a primeira participação numa fase final aconteceu apenas em 1966, em Inglaterra, onde, sob o comando do “Pantera Negra” Eusébio da Silva Ferreira e dos seus nove golos (melhor marcador da prova), Portugal caiu nas “meias” face aos anfitriões e saiu com a medalha de bronze,
Foi, porém, um ato isolado, o dos “Magriços”, já que, a seleção lusa falhou as oito fases finais seguintes, voltando a qualificar-se apenas para o Euro84, em França, onde voltou a chegar e a cair nas meias-finais.
O gaulês e atual presidente da UEFA Michel Platini marcou, aos 119 minutos, o golo de um dramático desaire para Portugal, que esteve a perder por 1-0, mas chegou a liderar por 2-1 em pleno prolongamento, graças a um “bis” do “pintor” Rui Jordão, servido pelo “génio” de Fernando Chalana.
Pela primeira vez na sua história, as cores nacionais foram vistas em duas fases finais consecutivas, já que Portugal marcou presença no Mundial de 1986, numa presença traumática, marcada pelo famoso “Caso Saltillo”.
A vitória sobre a Inglaterra (1-0), selada por Carlos Manuel, que já havia sido o herói do apuramento, com um golo em Estugarda, num memorável triunfo face à Alemanha (1-0), foi o único “momento” da formação lusa em solo asteca.
Após duas presenças consecutivas, seguiram-se quatro ausências, com o regresso a acontecer apenas no Euro96, já com a “geração de ouro”, os campeões mundiais de juniores de 1989 e 1991, que levaram a equipa aos “quartos”.
Portugal voltou, porém, a falhar nova qualificação, desta vez para o Mundial de 1998, em França, “empurrado” pelo célebre “árbitro” gaulês Marc Batta, que expulsou inexplicavelmente, ou talvez não, Rui Costa e impediu a equipa lusa de vencer em Berlim, onde liderava por 1-0.
Sob o comando de Humberto Coelho, a seleção nacional logrou, depois, o apuramento para o Euro2000, prova em que brilhou e atingiu as meias-finais, iniciando um ciclo de presenças que ainda não foi interrompido.
A seguir, Portugal esteve em três mundiais, com destaque para o quarto lugar de 2006 – após mais um desaire com a França nas “meias”, como em 1984 e 2000 -, e dois europeus, tendo conseguido chegar à final em 2004.
Em solo luso, os comandados do brasileiro Luiz Felipe Scolari estiveram muito perto do título, mas, na final, em plena Luz, foram incapazes de marcar um golo à Grécia (0-1), que, surpreendentemente, saiu de Lisboa campeã da Europa.
- As participações de Portugal em fases finais:
Prova Resultado
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Mundial 1930 não participou
Mundial 1934 não se qualificou
Mundial 1938 não se qualificou
Mundial 1950 não se qualificou
Mundial 1954 não se qualificou
Mundial 1958 não se qualificou
Euro1960 não se qualificou
Mundial 1962 não se qualificou
Euro1964 não se qualificou
Mundial 1966 TERCEIRO LUGAR
Euro1968 não se qualificou
Mundial 1970 não se qualificou
Euro1972 não se qualificou
Mundial 1974 não se qualificou
Euro1976 não se qualificou
Mundial 1978 não se qualificou
Euro1980 não se qualificou
Mundial 1982 não se qualificou
Euro1984 MEIAS-FINAIS
Mundial 1986 PRIMEIRA FASE
Euro1988 não se qualificou
Mundial 1990 não se qualificou
Euro1992 não se qualificou
Mundial 1994 não se qualificou
Euro1996 QUARTOS DE FINAL
Mundial 1998 não se qualificou
Euro2000 MEIAS-FINAIS
Mundial 2002 PRIMEIRA FASE
Euro 2004 FINAL
Mundial 2006 QUARTO LUGAR
Euro 2008 QUARTOS DE FINAL
Mundial 2010 OITAVOS DE FINAL
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