O Recreativo do Libolo está em Portugal a preparar a nova época no futebol angolano com um estágio até ao final de janeiro em Rio Maior, num ciclo agora liderado pelo treinador português Vaz Pinto.
Depois do consulado de João Paulo Costa, que venceu o campeonato e a Taça de Angola entre 2015 e 2016, Carlos Vaz Pinto, de 42 anos, assumiu funções no clube da província do Cuanza-Sul no final do último ano e propõe-se lutar pela conquista de todos os títulos. Uma meta que espera alcançar enquanto procede também à renovação do plantel.
"Queremos lutar por todas as competições, não só na questão do título de campeão, mas também a Supertaça, que jogamos a 04 de fevereiro, a Taça de Angola, na qual queremos chegar à final, e fazer uma participação digna nas competições africanas", afirmou, em entrevista à Lusa.
Com um percurso em Angola construído por passagens pela Académica do Lobito e Recreativo da Caála, o técnico está de volta ao país, após uma breve experiência como coordenador geral do futebol no Famalicão. Sobre a herança que recebeu de João Paulo Costa, o sucessor reconhece a dificuldade da missão.
"Quem trabalha no Libolo tem sempre essa herança, com um passado recente rico em títulos. Esta época temos também como objetivo renovar a equipa. É o primeiro ano do novo ciclo que o Libolo definiu. Temos a pretensão de renovar o plantel, mas queremos dar continuidade ao excelente trabalho que o João Paulo Costa fez", salientou.
Confessando que este desafio no Libolo surgiu "de forma muito natural", Vaz Pinto admitiu também a necessidade de adaptação a um emblema com metas e expetativas distintas dos clubes anteriores.
"Os clubes em que estive anteriormente em Angola lutavam por objetivos diferentes do Libolo. Se me perguntar se a dificuldade é maior no Libolo? Se calhar não, porventura são similares em termos do desafio, mas são claramente diferentes em termos de objetivos", frisou.
Vaz Pinto será em 2017 um dos poucos representantes portugueses no futebol angolano, juntamente com os técnicos Filipe Moreira, do Interclube, e Sérgio Traguil, do Santa Rita de Cássia, depois de um período em que foi um destino de referência para jogadores e treinadores nacionais. Apesar da diminuição atual do contingente luso, o técnico continua a defender a aposta em Angola.
"Ainda é aliciante, sim. É óbvio que o contexto económico de Angola é diferente daquele que encontrei em 2012, mas não podemos olhar só para isso, a questão desportiva também pesa quando tomamos uma decisão. E, no meu caso concreto, treinar o Libolo é, de facto, uma boa oportunidade", concluiu.
O Recreativo do Libolo vai prosseguir o seu estágio no centro desportivo de Rio Maior até ao fim do mês de janeiro, regressando a Angola para disputar a 04 de fevereiro a Supertaça frente ao campeão 1.º de Agosto.
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