O secretário de estado espanhol para o Desporto, Miguel Cardenal, disse hoje que o presidente da Federação Espanhola de Futebol (RFEF) e vice presidente da FIFA, Ángel Maria Villar, deve apresentar explicações sobre o escândalo que envolve o organismo.
“Eu acredito que esta inquietação e estas questões estão na mente de muita gente, e ele [Villar] deve explicações”, argumentou Cardenal numa entrevista concedida à televisão regional Telemadrid.
Num discurso proferido em 2010, Villar considerou que a FIFA estava “limpa” e que os seus colegas do Comité Executivo eram “honestos e trabalhadores.”
“No passado, [Villar] afirmou que apoiava os seus colegas do Comité Executivo [da FIFA], assegurando que estava convencido do facto de que não se deveria por em causa a sua honra. Estes tempos têm vindo a contradizer a sua apreciação”, prosseguiu o também presidente do Conselho Superior do Desporto (CSD) espanhol.
O Presidente da Liga Espanhola de Futebol (LFP), Javier Tebas, que está em conflito com Villar há vários meses, também comentou hoje o caso.
“A maioria dos membros [do Comité Executivo] estão na prisão ou suspensos [de funções], e Villar foi muito esperto ou muito ingénuo por não se ter apercebido de nada”, afirmou Tebas à margem de uma conferência de imprensa.
Ex-jogador do Atlético Bilbao e da seleção espanhola, Ángel Maria Villar, de 65 anos, é, desde 1988, o presidente da RFEF. É também membro do Comité Executivo da FIFA desde 1998 e vice-presidente da UEFA.
O presidente da FIFA, o suíço Joseph Blatter, e o presidente da UEFA, o francês Michel Platini, foram suspensos provisoriamente por 90 dias pelo Comité de Ética do organismo que rege o futebol mundial, no dia 08 de outubro.
O secretário-geral da FIFA, o francês Jérôme Valcke, também foi suspenso provisoriamente por 90 dias, e o sul-coreano Chung Mong-Joon, que assumiu anteriormente a candidatura à sucessão de Blatter na presidência do organismo, a exemplo de Platini, foi suspenso por seis anos e multado em 100.000 francos suíços (perto de 91.000 euros).
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