O treinador do FC Barcelona, Luis Henrique, liderou hoje a visita do plantel ao espaço de homenagem ao antigo futebolista e treinador holandês Johan Cruyff, falecido na quinta-feira, situado no estádio do clube catalão.
Após o treino na Cidade Desportiva, Luis Henrique e a maioria dos jogadores do plantel do clube catalão, exceção feita aos sul-americanos, como Neymar, Messi e Luis Suárez, ao serviço das respetivas seleções, deslocaram-se ao Camp Nou para render uma última homenagem a Johan Cruyff.
À saída do espaço memorial, por onde já passaram 45 mil pessoas, Luis Henrique, ladeado pelos capitães Andrés Iniesta e Sergio Busquets, bem como do presidente do clube, Josep Maria Bartomeu, e de alguns dirigentes, não escondeu a sua emoção.
“A fotografia impressiona. Cruyff era alguém imponente e chegar aqui e ver a sua fotografia, toca-nos e deixa-nos sem jeito”, disse Luis Henrique, acrescentando que a morte do ex-jogador e treinador holandês é uma enorme perda para todos.
Também o filho de Johan Cruyff, e antigo jogador do FC Barcelona, Jordi Cruyff, se juntou à homenagem no Camp Nou ao seu pai, após a família ter pretendido, num primeiro momento, preservar a intimidade do luto.
“Percebemos que Johan não era só nosso, mas de todos”, referiu Jordi Cruyff, na repleta sala de conferências do clube, ao lado de uma fotografia do pai e da sua eterna camisola 14, onde agradeceu, em nome da família, o carinho demonstrado por todos.
Os ex-presidentes do FC Barcelona Joan Gaspart e Sandro Rosell marcaram também presença no espaço de homenagem.
“Johan era um homem excecional. Recordarei sempre a sua amizade”, afirmou Joan Gaspar à imprensa, à saída do espaço de condolências, situado na tribuna superior do estádio do FC Barcelona.
Sandro Rosell, que esteve à frente do clube entre 2010 e 2014, prestou homenagem ao holandês, acompanhado pelo pai, Jaume, que integrava a direção do FC Barcelona numa altura em que Cruyff vestia a camisola do clube catalão.
No passado sábado, dois dias depois da morte de Johan Cruyff, o clube catalão abriu um espaço de condolências, situado na tribuna superior do estádio, que deverá ser encerrado hoje, numa cerimónia que contará com a presença da família do holandês.
Johan Cruyff morreu na quinta-feira em Barcelona, aos 68 anos, vítima de cancro nos pulmões, tendo o seu corpo sido cremado na sexta-feira em Barcelona, numa cerimónia reservada à família.
Cruyff revolucionou o futebol moderno: primeiro como futebolista, na seleção holandesa, com a qual foi vice-campeão do mundo em 1974, e nos clubes que mais marcaram a sua carreira, o Ajax e o FC Barcelona, entre finais dos anos 60 e início dos anos 80.
Enquanto jogador do clube holandês, foi distinguido em três ocasiões com a Bola de Ouro, conquistou a Taça dos Campeões Europeus outras tantas, uma Supertaça europeia, uma Taça Intercontinental e oito títulos de campeão nacional, ao qual acrescentaria um nono ao serviço do Feyenoord, na sua época de despedida.
Como treinador, ganhou uma Taça das Taças com o Ajax, antes de rumar ao FC Barcelona, conquistando uma Taça dos Campeões, uma Supertaça Europeia, outra Taça das Taças, quatro títulos de campeão espanhol, uma Taça do Rei e três Supertaças de Espanha.
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