Um total de 35.000 espetadores excedentários, “na posse de bilhetes falsificados ou sem ingressos”, estiveram na origem dos incidentes que antecederam a final da Liga dos Campeões, em Paris, disse hoje a Federação Francesa de Futebol (FFF).
“Foram emitidos um total de 75.000 ingressos, o número de pessoas que deveria ter ido ao Stade de France. No entanto, e com base nas informações recolhidas junto dos vários operadores públicos e privados, a FFF registou que 110.000 pessoas se dirigiram ao recinto”, explicou o organismo.
A final da ‘Champions’, que o Real Madrid venceu por 1-0 diante do Liverpool, no sábado, foi disputada em Saint-Denis, na periferia norte de Paris, ficando marcada por um cenário de caos em volta do estádio, mas sem feridos graves a lamentar.
Antes do jogo, dezenas de adeptos tentaram entrar à força no recinto, escalando barreiras para o conseguir, obrigando à intervenção da polícia que dispersou a multidão com gás lacrimogéneo.
“Essas 35.000 pessoas adicionais, na posse de ingressos falsificados ou sem ingressos, causaram distúrbios à ordem pública, ao bloquearem as portas de acesso ao estádio e impedirem que portadores de ingressos reais tivessem conseguido aceder ao recinto antes do desafio”, acrescentou a federação.
Além do sistema de segurança público, a FFF colocou em ação 1.650 agentes adicionais, precisamente para tentar prevenir este tipo de situação de adeptos sem bilhete ou com ingressos falsos.
O organismo recorda que o número de efetivos em ação foi em “25% superior” a um jogo da seleção gaulesa com a lotação esgotada, tendo o mesmo sido “validado pela polícia”, de acordo com a informação recebida pela FFF no âmbito da preparação da final.
Segundo os dados oficiais, 79.200 pessoas utilizaram transportes públicos para se dirigirem ao estádio, 21.000 foram de autocarro, 6.000 usaram táxis ou similares, enquanto 4.100 seguiram em viaturas particulares.
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