O FC Porto perdeu na noite desta terça-feira com a Juventus por 1-0, em jogo da segunda-mão dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões. Um golo de Dybala no final do primeiro tempo, a converter uma grande penalidade de Maxi (expulso no lance) ditou o resultado final. Na eliminatória a Juve venceu por 3-0. Resta agora ao FC Porto o campeonato, onde está a um ponto do líder Benfica.
A tarefa era difícil. O resultado do primeiro jogo deixava nas mãos das Juventus a chave para passar aos quartos-de-final da Liga dos Campeões. E a jogar em casa, onde muito raramente não ganha, a Vecchia Signora sabia que seria dona e senhora do jogo. Ao FC Porto, pedia-se um golo cedo, de forma a enervar a Juve e tentar depois o 2-0. Na teoria seria assim, na prática a história é outra. O encontro também ficou marcado por um dado histórico: Casillas fez o jogo 174 na europa de clubes, ultrapassando Xavi, atualmente o jogador com mais participações em jogos de provas da UEFA.
Para este jogo, Nuno Espírito Santo fez apenas uma alteração: o castigado Alex Telles deu lugar à Layún na esquerda. Do lado da Juve, Allegri não pode contar com Chiellini. Num país onde apenas tinha vencido por três vezes (duas frente ao AC Milan e uma frente a Sampdoria), a vitória podia nem chegar. Portanto, pedia-se cabeça, coesão, muita eficácia e, cima de tudo, esperar que a Juventus tivesse um dia mau. E uma equipa experiente como a Juventus, raramente tem dias maus.
O FC Porto foi dividindo o jogo nos primeiros minutos, jogando no meio-campo contrário, tentando desmontar a bem organizada defensiva transalpina. Mas este não era uma noite azul-e-branca. A equipa de Nuno ia tendo algumas situações de bola parada, com cantos e livres laterais, mas sempre mal marcados. A Juventus ameaçou num cabeceamento de Mandzukic que Casillas segurou aos 23 minutos e num desvio de Dybala aos 29 após passe de Higuaín.
Mas aos 41 minutos, aconteceu o lance que decidiu o jogo. Num canto para o segundo poste, Casillas fez uma defesa incompleta, a bola sobrou para Higuaín que rematou com força. Maxi saltou mas acabou por evitar o golo do argentino com os braços. Penálti e cartão vermelho. Tal como no primeiro encontro, o FC Porto parava num vermelho (no Dragão foi Alex Telles a ser expulso aos 25 minutos com duplo amarelo). Dybala não perdoou e fez o 1-0.
No segundo tempo, Nuno teve de refazer a equipa, tirando André Silva (tal como fez no primeiro jogo) e colocando Boly em campo que passou a fazer dupla de centrais com Felipe. Marcano foi para lateral esquerdo, Layún para a direita, numa equipa que ficou a jogar em 4-3-2, com Brahimi mais perto de Soares. A equipa manteve o equilíbrio, recuou ainda mais as linhas e passou a jogar no erro do adversário.
E o erro aconteceu aos 50 minutos. Benatia perdeu na dividida com Soares, o avançado ganhou a bola e correu sozinho para área. Perante Buffon, Soares quis tanto colocar a bola que acabou por coloca-la... para fora. A melhor oportunidade dos ´dragões` era assim desperdiçada. Nuno nem queria acreditar. Antes desse lance, Casillas tinha evitado o 2-0, numa defesa após corte defeituoso de Danilo.
Com a equipa desgastada, Nuno teve de mexer, lançando Otávio e Diogo Jota para os lugares de Oliver e Brahimi. Allegri também fez o mesmo e fez descansar Dybala, Benatia e Cuadrado, fazendo entrar Rincon, Barzagli e Pjaca. E seria Diogo Jota a ter mais uma bela oportunidade nos pés aos 82 minutos, após passe de Otávio mas o jovem luso, ao ´picar` a bola sobre Buffon, acabou por rematar às malhas laterais. Já a Juventus, a vencer por 3-0 na eliminatória e com um jogador a mais, ia criando perigo em vários lances, mas sem grandes oportunidades de golo.
O FC Porto acabou por dar uma boa resposta, muito melhor que no primeiro jogo. Mesmo com menos um, criou três oportunidades de golo no segundo tempo. Resta agora ao FC Porto o campeonato, onde está a um ponto do líder Benfica. Uma palavra para os mais de 2500 adeptos do FC Porto que apoiaram a equipa do início ao fim.
Portugal fica assim sem equipas nas provas da UEFA e já sabe que na época 2018/2019 só duas equipas podem entrar na fase de grupos da Champions.
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