Paulo Futre considera que o Atlético de Madrid “leva uma pequena vantagem” sobre o Real Madrid para a final da Liga dos Campeões, sábado, no Estádio da Luz, por ter conquistado o título espanhol de futebol.
“Ao ser campeão espanhol, o Atlético é favorito, porque tira um peso de cima e ganha uma força moral tremenda, enquanto o Real Madrid vai jogar a vida e os seus jogadores estarão sob grande pressão. Para eles, a época será um fracasso se ganharem apenas a Taça do Rei”, disse, em entrevista à Agência Lusa, Paulo Futre, justificando o facto de considerar que o Atlético parte com uma “pequena vantagem” para a final de Lisboa.
O antigo internacional português, símbolo do Atlético de Madrid pelo sucesso da sua carreira de jogador no clube, do qual foi também dirigente, está convencido de que a sua equipa “irá ganhar”, tanto mais que acredita muito no trabalho de “Cholo” (Diego Simeone), “sobretudo a nível mental, junto dos jogadores, aspeto onde se tem revelado um craque”.
Questionado sobre o peso que Cristiano Ronaldo poderá ter na final, Futre mostrou-se preocupado.
“O Mundial está aí à porta. O Cristiano tem tido alguns problemas, o que é normal com tantos jogos, pois é um ser-humano e não uma máquina. O que me leva mais a pensar no Mundial do que na final da Liga dos Campeões. Espero que ele esteja bem para o Mundial, que o Atlético vença por 5-4 na final e que o Cristiano marque os quatro golos do Real Madrid”, disse.
Em relação ao que pode fazer a diferença, para um lado ou para outro, Futre lembra que, à exceção do primeiro jogo das meias-finais da Taça do Rei, que o Real Madrid venceu por 3-0, todos os jogos entre os dois rivais de Madrid “têm sido muito equilibrados”.
“O equilíbrio vem desde a final da Taça do Rei da época passada, em que o jogo foi para prolongamento, aos jogos da Liga deste ano, o primeiro no Santiago Bernabéu, onde fomos ganhar por 1-0, e no Vicente Calderón, onde empatámos 2-2”, lembra.
De acordo com Paulo Futre, “o fator sorte conta” e o jogo pode ser resolvido “através de uma bola parada, como sucedeu o ano passado, na final da Taça do Rei, com o golo do Miranda, num canto”.
“O jogo também pode ser decidido numa jogada individual, dos craques Cristiano Ronaldo, Bale, Benzema, Villa ou Diego Costa”, rematou Paulo Futre, que, em 1991/92, marcou pelo Atlético de Madrid ao Real Madrid na final da Taça do Rei (2-0), em pleno Bernabéu, sendo, como “capitão”, o primeiro a levantar o troféu.
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