O treinador argentino Diego Simeone disse esta sexta-feira estar “encantado” com a pressão de disputar a final da Liga dos Campeões de futebol com “113 anos de história” do Atlético de Madrid nas suas costas.
Simeone, acompanhado dos jogadores Fernando Torres e Gabi Fernández, compareceu na conferência de imprensa de antevisão da final da Liga dos Campeões, no sábado, em Milão, com o Real Madrid, consciente da história e confiante que “as coisas surgirão”.
“Encanta-me ter 113 anos de história nas costas. Adoro”, reagiu Simeone quando confrontado com a pressão de estar num clube que nunca ganhou a ‘Champions’ e perdeu em 2014, consigo como técnico, a final, em Lisboa para o mesmo Real Madrid.
O treinador, de 46 anos e nos ‘colchoneros’ desde 2012, defendeu que o clube tem-se reinventado desde essa final e que isso é o mais valioso que existe no Atlético de Madrid, na perspetiva de crescer, melhorar e insistir.
“O melhor deste grupo é insistir, voltar a preparar-se, levantar-se, voltar a trabalhar, reinventar-se. Quando repetes, repetes e repetes, és insistente no que fazes, podes ganhar”, justificou Simeone.
O argentino disse também que muitos subestimam o trabalho do Atlético de Madrid e não deixou de responder às críticas que o ex-futebolista brasileiro Ronaldo fez ao jogo praticado pela equipa.
“O futebol é maravilhoso porque, como na política e na religião, permite que todos tenham opinião”, respondeu Simeone, antevendo que o jogo de sábado, com início marcado para as 19:45 (horas de lisboa), seja “muito tenso e equilibrado” no meio-campo.
Aspeto que levou o argentino a elogiar o brasileiro Casemiro, no equilíbrio que dá à equipa do Real Madrid, admitindo que o Real Madrid assuma mais o jogo do que o Atlético, pela qualidade técnica que tem.
Ainda do lado dos ‘colchoneros’, o avançado Fernando Torres, que conquistou a Liga dos Campeões pelo Chelsea em 2012, entende que sábado terá o seu jogo mais importante de sempre.
“Com o Chelsea e com a seleção espanhola ganhei muitos títulos, mas este é muito especial para mim. Significa tudo, é o jogo da minha vida”, justificou Torres, lembrando também a grandeza do Real e a rivalidade que existe em Madrid.
O ‘capitão’ Gabi lembrou a final perdida em Lisboa, derrota por 4-1 após prolongamento.
“Perdemos a final, mas construímos orgulho entre nós. Agora temos uma hipótese nova, ninguém nos dará nada. Temos que trabalhar muito para lá chegar”, referiu, acrescentando que será o jogo mais difícil dos últimos tempos.
Na final de sábado, no Estádio San Siro, que será arbitrada pelo inglês Mark Clattenburg, o Real Madrid procura o 11.º título europeu da sua história, enquanto o Atlético de Madrid o primeiro, depois de ter sido duas vezes finalista vencido.
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