O Sporting venceu esta noite o CSKA Moscovo por 2-1, no jogo da primeira mão do play-off de acesso à Liga dos Campeões e está mais perto de voltar à liga milionária.
Já lá iam 10 anos desde que o Sporting perdeu a final da Taça UEFA no Estádio José Alvalade perante este mesmo CSKA Moscovo, mas na mente dos 41826 adeptos leoninos era como se tivesse sido ontem. O desejo de vingança era grande, mas essa terá de ser servida ainda mais fria na Rússia, caso o Sporting queira alcançar o objetivo da fase de grupos da Champions, depois do 1-1 desta noite.
Para o jogo da primeira mão, Jorge Jesus manteve a máxima de que em “equipa que ganha não se mexe”. As apostas do técnico para o assalto à Champions começaram a render desde cedo. Uma entrada confiante e personalizada da equipa leonina foi premiada logo aos 12’, quando Téo Gutierrez fez o 1-0. O colombiano assinou o primeiro golo dos leões depois de uma grande jogada do ataque leonino, com Carrillo a rasgar a defesa russa e a encontrar Ruiz, que assistiu o seu colega para um golo fácil e efusivamente festejado em Alvalade.
A vantagem era um prémio natural para a supremacia leonina sobre a formação de Leonid Slutski. Os leões trocavam bem a bola e conseguiam baralhar as marcações defensivas. Porém, o tento teve o efeito de mexer com o CSKA, que a partir daí surgiu mais atrevido, quase sempre pelas ‘setas’ Musa, Tosic e Doumbia. A velocidade do tridente ofensivo começou a fazer mossa e os russos cresceram no jogo.
Primeiro, aos 27’, foi Doumbia a falhar uma grande penalidade, permitindo a defesa de Rui Patrício, depois de uma falta na grande área de Jefferson sobre Tosic. No entanto, aos 40’, e após ocasiões de golo desperdiçadas pelas duas equipas, o mesmo jogador redimiu-se e encontrou o caminho do golo. Doumbia fugiu em velocidade a toda a defesa leonina, contornou Rui Patrício e atirou para o empate, num lance muito contestado pelos leões por alegado fora de jogo do avançado russo.
A igualdade que se verificava ao intervalo fazia crescer a ansiedade em Alvalade, bem como o crescente descontentamento com a atuação do árbitro Cuneit Çakir. Aos 62’, os leões reclamaram grande penalidade por alegada falta sobre Bryan Ruiz, mas o juiz nada assinalou. A mesma decisão teria aos 72’, com Slimani a reclamar mão na área de Berezutski.
Entretanto, já o CSKA se remetera a uma postura mais expectante, apostando claramente no contra-ataque e causando vários calafrios a Rui Patrício. Jorge Jesus via o tempo a passar e o golo sem aparecer, lançando então Aquilani, primeiro, e depois os jovens Gelson e Mané. Foi já com as alterações que o Sporting conseguiu desbloquear o jogo.
Quando estavam jogados 82 minutos, Slimani, que até já falhara algumas oportunidades, conseguiu finalmente provar a sua eficácia e atirou colocado de pé esquerdo, sem hipóteses para Akinfeev, que assim já não voltou a ser feliz neste estádio como em 2005. Estava feito o 2-1 e o Sporting dava o passo decisivo para se aproximar dos milhões prometidos pela Champions.
Contudo, e tal como Jorge Jesus dissera na véspera, o resultado deixa a eliminatória em aberto para a segunda mão, onde os leões terão de carimbar o passaporte em solo russo.
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