Três dias depois da dura eliminação da Taça de Portugal diante do Sporting, o FC Porto voltou aos triunfos na Liga dos Campeões, em jogo a contar para a terceira jornada do Grupo H da Liga dos Campeões, contra os bascos do Athletic de Bilbao por 2-1.
Mais uma vez, o treinador Julen Lopetegui não coloca portugueses no onze inicial portista – iriam entrar apenas na segunda parte – mas colocou uma equipa titular mais sólida, com Brahimi e Tello como extremos; Casemiro, Herrera e Quintero no meio-campo; Alex Sandro, Danilo, Martins Indi e Maicon na linha defensiva e Fabiano na baliza.
O FC Porto, tal como tem habituado os adeptos no Estádio do Dragão, começou forte e pressionante, encostando a equipa basca à sua área, com destaque para os desequilíbrios de Tello pela direita. Contudo, o primeiro sinal de perigo saiu dos pés de San José, aos 26 minutos, ao enviar uma bola ao poste da baliza de Fabiano.
Já em cima do intervalo, Tello arrancou para o lance do golo, Quintero desenhou a jogada, Jackson não chegou a tempo, mas enganou a defesa do Athletic, e Herrera surgiu a rematar colocadíssimo para marcar.
Os Dragões regressavam aos balneários em vantagem, com justiça e com 63 por cento de posse de bola.
Já na segunda parte, com o jogo mais ríspido - muito disputado no meio-campo - o Athletic de Bilbao conseguiu chegar ao empate, novamente com uma "prenda" da defesa do FC Porto. Guillermo Fernández aproveitou um mau passe de Herrera e, entre três defesas, conseguiu rematar e colocar a bola dentro da baliza de Fabiano, estabelecendo o empate.
Os adeptos portistas lá iam ficando irritados com a sua equipa - enquanto os muitos apoiantes bascos não paravam de dar sinais de força para o campo (algo muito elogiado depois pelo avançado colombiano Jackson Martínez) - e o treinador Julen Lopetegui respondeu com duas significantes alterações: Rúben Neves para o lugar de Quintero e Quaresma ocupando a vaga de Casemiro, fazendo com que o FC Porto se tornasse mais ofensivo.
Cinco minutos depois de entrar, Ricardo Quaresma, o segundo português em campo, 'curvou' da esquerda para o meio e optou pelo remate quando tinha Brahimi bem colocado ao seu lado. O espaço que o extremo português viu na defesa é o espaço que precisa para Lopetegui acreditar nele. Os bons rebeldes são assim, teimosos e crentes.
A celebração de Quaresma foi mais um grito de revolta pela sua condição de suplente no clube que tanto o adora, pelo menos os adeptos. Quaresma sabe da sua qualidade - Lopetegui também - mas também está consciente do seu temperamento difícil, fazendo dele o bom rebelde da família portista.
No final do jogo, em conferência de imprensa, Lopetegui destacou a entrada em jogo de Quaresma e o extremo português confessou que não gosta de ficar no banco de suplentes, mas isso já todos sabemos.
A meio da fase de grupo, com três jornadas já disputadas, o FC Porto permanece na liderança, com sete pontos, mais dois que os ucranianos do Shakhtar, que ontem golearam o BATE por 0-7.
Parece que já há dois sérios candidatos a seguirem em frente na Liga dos Campeões.
Comentários