
Houve de tudo no Dragão: golo madrugador, apagão a meio caminho, nervos a crescer na segunda parte e um desfecho feliz arrancado a ferros. O FC Porto venceu o Estrela Vermelha por 2-1, mas o caminho para esse triunfo foi sinuoso.
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A entrada foi perfeita: intensa, agressiva na recuperação e vertical na chegada à frente. O penálti conquistado por Deniz Gül e convertido com classe por William Gomes parecia anunciar um jogo de domínio tranquilo. Até porque, nesse período inicial, o Porto não só mandava no marcador como no ritmo da partida.
Mas a vantagem cedo construída adormeceu os dragões. O Estrela Vermelha foi percebendo que havia espaço para jogar, soltou-se pela ala, ameaçou com Ivanic e acabou mesmo por empatar num lance que espelha bem os pecados da equipa de Farioli: má reação ao segundo lance, desorganização defensiva e espaço para Kostov surgir solto a finalizar. A igualdade devolveu incerteza ao jogo e deixou os azuis e brancos ansiosos.
O intervalo trouxe uma equipa que tentou reagir, mas que se perdeu em precipitação. William ainda teve o 2-1 nos pés, mas a cada minuto que passava o nervosismo crescia. Sem referência de área, com Pablo Rosario adaptado a central, o FC Porto parecia cada vez mais refém da falta de ideias. Até que surgiu o momento que mudou tudo.
Aos 89 minutos, Rodrigo Mora apareceu. O miúdo que entrou para sacudir o ataque foi quem trouxe a faísca que faltava. Golo oportuno, instinto de avançado, explosão nas bancadas. Vitória sofrida, mas vitória. E talvez esse seja o maior ensinamento: mesmo sem deslumbrar, o FC Porto mostrou caráter e soube agarrar os três pontos.
Momento do jogo
Minuto 89. Quando o empate parecia o destino inevitável, Rodrigo Mora escreveu uma nova história. O golo tardio não valeu apenas os três pontos: simbolizou a persistência de uma equipa que não desistiu, mesmo em noite irregular.
Melhor em campo
Rodrigo Mora. Jogou de início, trabalhou muito, nunca se escondeu e acabou por ser o herói da noite. O golo ao cair do pano não foi apenas decisivo: foi a recompensa para quem acreditou até ao fim.
Também em destaque
William Gomes: abriu o marcador com a frieza de quem já carrega peso nos ombros, esteve perto de bisar e foi dos mais perigosos em campo.
Deniz Gül: dinâmico, conquistou a grande penalidade e deu largura ao ataque portista.
Tomás Handel (Estrela Vermelha): inteligência no meio-campo, foi dele o livre que originou o empate.
Matheus (Estrela Vermelha): respondeu com segurança às investidas do Porto e evitou que a diferença fosse maior.
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