Na antevisão da partida frente ao Nice, Francesco Farioli abordou vários temas, tais como a forma de jogar da equipa, o momento dos franceses, as 'pérolas' da academia dos azuis e brancos e ainda os muitos compromissos no mês de janeiro.
- Tudo sobre o desporto nacional e internacional em sportinforma.sapo.pt -
Análise ao Nice: "Equipa muito boa, orientada por um dos melhores treinadores franceses da última década, que teve um fantástico período, no Lens, com a promoção e que quase conquistou o título, contra o PSG. Fez um trabalho muito bom, levou a equipa à fase de apuramento para a Liga dos Campeões. Esta temporada, vemos dificuldades, mas é apenas um momento, não é uma equipa em dificuldades, o que pode acontecer. Vai ser um jogo muito físico, contra uma equipa que defende homem a homem, pelo que vão haver vários duelos, com possibilidades de transição, de parte a parte. jogo aberto, entre duas equipas que querem vencer.
Espera um Nice mais cauteloso?
A equipa vai jogar da mesma forma, têm o mesmo estilo. Espero uma pressão alta por parte das duas equipas. Na primeira parte [derrota pesada frente ao Marselha] podiam ter marcado dois ou três jogos. É normal que tenham permitido algumas situações. Mas não acredito que a derrota mude a forma deles jogarem."
Sobre o regresso de Jan Bednarek e de Victor Frohold: "É bom ter os jogadores de volta. Os últimos 10 dias foram positivos, com os regresso de De Jong, Froholdt e Bednarek. É importante para o nível das sessões de treino e ter toda a gente disponível para ajudar."
Diferenças entre jogar na Europa ou liga doméstica
"Quando falamos de identidade e comportamentos queremos fazer a mesma coisa, mas por vezes temos que fazer mudanças durante os jogos. Não é só o que podemos fazer, mas como o adversário também vai jogar. A equipa tem que ser capaz de se adaptar: é mais a forma como nos adaptamos às contingências do jogo. No fim tenho que criar a 'big picture' sobre de que forma o jogo vai ser jogado. Vai ser um jogo decidido nos pormenores e pela forma como se vão controlar as transições."
Sobre o facto de o FC Porto contar com cinco jogadores na equipa lusa que está qualificada para a final do Mundial de sub-17. "É uma grande oportunidade de viverem uma grande experiência, e espero que possam vencer o título. É muito importante termos lá 5 jogadores nossos, e que têm sido dos mais utilizados. Estamos a seguir a sua progressão, dois deles já treinam com a primeira equipa."
Jogar com Veiga e Mora é uma possibilidade a considerar? "Há a possibilidade, já existia antes do último jogo. É necessário encontrar o momento ideal. O mais importante é a equipa competir e ganhar partidas. O espirito é esse. O Samu já viu dois cartões por celebrar golos do Deniz Gul e do Luuk de Jong. Temos que ter esse espírito, sem os cartões amarelos [risos], O Gabri e o Rodrigo representam o que quero para a equipa. Contudo, a equipa está à frente de tudo."
Taça de Portugal, Taça da Liga e Liga Europa em janeiro
"É o desafio de todos os jogadores e treinadores de grandes equipas, porque, quando jogas esses jogos. Nas próximas semanas, temos a possibilidade de fazer entre 30 a 32 jogos, se fizermos bem o nosso trabalho, ou seja, teremos de jogar a cada dois ou três dias. Por isso é que, neste momento, se tornou ainda mais importante aquilo a que eu chamava treino invisível, ou seja, coisas que não dizem respeito ao relvado, mas que estão à volta. Como comemos, dormimos, recuperamos, as reuniões... Tudo isto vai fazer a diferença, por isso é que fico muito satisfeito com o nível da equipa, com o profissionalismo de todos, porque não há muito segredos para nos aproximarmos do sucesso. Para mim, a palavra chave é 'trabalho' mais do que os outros, ou, se possível, melhor do que os outros, para colocar os padrões o mais elevado possível."
Comentários