O Paris Saint-Germain inicia na sexta-feira a defesa do título e da hegemonia do futebol francês, que lhe tem valido títulos consecutivos e uma superioridade absoluta sobre toda a concorrência, que parece partir novamente distante dos parisienses.
O tetracampeonato, conquistado na época passada e a oito jornadas do final da prova, consolidou ainda mais o Paris Saint-Germain como potência maior em França, mas, ainda assim, o estatuto alcançado foi insuficiente para que Laurent Blanc se mantivesse à frente da equipa.
O antigo internacional francês, que guiou os milionários parisienses à vitória nos três últimos campeonatos, acabou por ser substituído pelo espanhol Unai Emery, de 44 anos, técnico elevado à condição de ‘herói' em Sevilha, graças ao ‘tri' na Liga Europa.
Mesmo com uma mudança no comando técnico, a pré-época 100% vitoriosa e o triunfo concludente na Supertaça francesa, diante do Lyon (4-1), deram o mote para uma edição de 2016/17 que se adivinha de novo domínio do Paris Saint-Germain, agora ‘órfão' de Zlatan Ibrahimovic, que entretanto rumou ao Manchester United, após quatro épocas e mais de uma centena de golos em Paris.
Contudo, os parisienses mantiveram jogadores como David Luiz, Thiago Silva, Matuidi, Verratti, Pastore, Cavani ou Di María e ainda reforçaram o plantel com alguns nomes de ‘peso', como são os casos de Krychowiak (33 milhões de euros), Jesé Rodríguez (25ME), Lo Celso (10ME) e Ben Arfa.
O Lyon, segundo colocado em 2015/16, com menos 31 pontos que o Paris Saint-Germain, continua longe da ‘máquina' que arrecadou o heptacampeonato entre 2002 e 2008 e não efetuou qualquer alteração de relevo num plantel do qual faz parte o guarda-redes internacional português Anthony Lopes.
De resto, a grande mais-valia dos lioneses, claros candidatos a um lugar no pódio, assenta no facto de, até ao momento, terem conseguido segurar o avançado Lacazette, no qual estão depositadas muitas das ‘fichas' dos adeptos.
Já sem o experiente Ricardo Carvalho, o Mónaco, orientado pelo português Leonardo Jardim, poderá, ao terceiro ano de ‘reinado' do técnico madeirense, aproximar-se mais do topo e ‘ameaçar' o campeão em título, contando para isso com os internacionais lusos Bernardo Silva e João Moutinho, mas também com um ‘renascido' Radamel Falcao, autor de cinco tentos neste início de temporada.
Com um dos melhores desempenhos dos últimos 13 anos, o Nice, que terminou no quarto posto e alcançou a Liga Europa, volta a ambicionar os lugares cimeiros, mesmo tendo perdido a referência Ben Arfa (PSG), sendo que a grande ‘arma' da equipa da ‘Côte d'Azur' é o treinador Lucien Favre, que realizou trabalho meritório ao serviço do Borussia Mönchengladbach.
Na mesma linha aparecem Lille, dos portugueses Rony Lopes e Eder, este último decisivo na conquista do último Euro2016 por parte da seleção nacional, e o Saint-Étienne, que continua a ser o clube mais titulado do futebol francês, apesar de não vencer a ‘Ligue 1' há 35 anos.
A principal incógnita volta a ser o histórico Marselha - do central português Rolando - que apenas conquistou um título nos últimos 23 anos (2009/10) e que vem de mais uma época dececionante (13.º lugar).
As contratações do imprevisível Remy Cabella (ex-Newcastle) e do avançado internacional francês Bafetimbi Gomis (ex-Swansea) trazem algum ‘poder' ofensivo, porém insuficiente para fazer face à saída do belga Batshuayi, autor de 17 tentos no campeonato anterior e que rumou ao Chelsea.
Entre os recém-promovidos, o campeão da II Liga francesa Nancy está de regresso ao convívio dos ‘grandes' depois de três épocas de ausência, juntamente com o Dijon, que vai participar pela segunda vez na sua história na ‘Ligue 1', e o Metz, que apenas esteve um ano no escalão secundário, na sequência da despromoção em 2014/15.
A Liga francesa 2016/17 arranca na sexta-feira, com a receção do Bastia ao campeão Paris Saint-Germain, a partir das 19:00 (hora portuguesa).
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