O ministro da Juventude e Desportos de Moçambique, Alberto Nkutumula, descreveu como grave a suspensão pela FIFA do financiamento à Federação Moçambicana de Futebol (FMF), considerando que a decisão "desacredita o país".
"Eu não quero acreditar que isto seja verdade, porque, a ser verdade, é grave. Se não for verdade, ainda bem, porque o futebol moçambicano deve ganhar com o nosso apoio e das federações internacionais como parceiros determinantes para o seu sucesso", afirmou Nkutumula, citado pelo diário O País.
Nkutumula observou que a FMF pode ter incorrido num crime, se ficar provado que houve desvio de dinheiro da FIFA.
"A provar-se que houve desvio de valores, é crime. A lei moçambicana é clara quanto a isso. Espero, sinceramente, que isto não passe de um equívoco", afirmou o ministro da Juventude e Desportos moçambicano.
Por seu turno, o ex-presidente da FMF Feizal Sidat, em cujo mandato se verificaram os factos evocados pela FIFA para a suspensão do financiamento, afirmou estar disponível para clarificar a sua atuação na instituição.
"Estamos prontos e cientes em clarificar a este novo elenco [da FMF] aquilo que achar pertinente. Falei com a FIFA e disse que não é nada disso, mas sim auditorias que acontecem para todas as federações", disse Sidat, em declarações também a O País.
A FIFA suspendeu o financiamento à Federação Moçambicana de Futebol devido à falta de justificação de verbas que aquela organização internacional disponibilizou à entidade máxima do futebol moçambicano, noticia hoje a imprensa.
"É uma situação que nós encontrámos quando assumimos a direção. A verdade é que as contas estão, de facto, não muito boas e é nossa responsabilidade, porque encontramos a casa nestas condições", disse o atual presidente da FMF, Simango Júnior, em declarações à imprensa.
O novo presidente da FMF adiantou que a FIFA rejeitou os resultados de uma auditoria às contas do elenco anterior do organismo máximo do futebol moçambicano, então dirigido por Feizal Sidat, com o fundamento de que não foram respeitados os procedimentos que o organismo impõe na elaboração de relatórios financeiros.
"Dentro de poucos dias, a situação vai normalizar-se, apesar de a FIFA não ter indicado o tempo de duração da auditoria. É preciso frisar que, quando chegámos, fizemos a primeira auditoria, mas não foi aceite pela FIFA", frisou Simango Júnior.
Segundo a delegação da FIFA que se deslocou a Maputo na semana passada, o organismo aloca anualmente à FMF um total de cerca de cerca de um milhão de dólares (cerca de 980 mil euros).
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