
Eustáquio foi um dos jogadores do FC Porto que falou aos jornalistas, este sábado, antes do último treino de preparação para a estreia no Mundial de Clubes. Os dragões vão defrontar o Palmeiras, de Abel Ferreira, no arranque da competição nos Estados Unidos.
Leia as declarações completas
Estreia contra o Palmeiras: "O Palmeiras é uma super-equipa, talvez das mais fortes da América do Sul nos últimos anos, também todos conhecemos o Abel, sabemos que vai ser um jogo extremamente difícil até porque tem muitos bons jogadores. Vamos tentar impor o nosso jogo, mas estes torneios acabam por descaracterizar um pouco o que as equipas fazem porque são poucos jogos, num país diferente, que aumenta um pouco mais a pressão. Temos de estar à espero de um pouco de tudo. O Abel é super inteligente, tem muita experiência em jogos a eliminar e neste tipo de competições. Vamos tentar dar o nosso melhor e competir ao máximo."
Ausência de Diogo Costa: "O Diogo vem de uma competição, a Liga das Nações, moralizado, mas são coisas que acontecem. Vamos ter um guarda-redes à altura, o Cláudio Ramos, que tem muita experiência. Já está há cinco anos no FC Porto, já jogou meias-finais e finais, foi ele que jogou contra o Braga na Taça de Portugal. Por isso, o Diogo vai permanecer connosco, vai estar cá para nos apoiar, é o nosso capitão e vamos esperar que recupere o mais rápido possível, mas ter o Cláudio na baliza dá-nos 100 por cento de garantias."
Ideias de Anselmi: "Não sei se este torneio pertence à última época ou se é a nova... Tentamos trabalhar sempre para assimilar as ideias do Martin Anselmi, temos feito isso. Acaba por ser mais difícil por termos mudado o sistema. Tentamos respeitar as suas ideias e temos crescido todos os dias."
Dia-a-dia: "Tem sido bom estar uns com os outros. Estágio mais prolongado, temos algumas brincadeiras no hotel. Ping-pong, conversar. Tem sido muito bom, mas queremos é jogar."
Mais ansiedade ou vontade? "Um misto dos dois, todos querem jogar esta prova e contra um adversário forte como o Palmeiras e vai ser bom para nós. É bom para nós como jogadores, mas também vai ser bom para os adeptos em Portugal apoiarem-nos a horas um pouco malucas, mas tenho a certeza de que toda a gente vai ficar acordado para apoiar o FC Porto."
Apoio dos adeptos: "Tem sido incrível. Tenho visto que o Porto também tem tido alguns eventos no centro da cidade e que tem corrido muito bem. Sempre que vamos treinar ou chegamos do treino estão adeptos à porta do hotel e isso para nós é um sentimento inexplicável porque realmente o FC Porto é muito grande e só o facto de nós podermos estar aqui tão longe do nosso país e continuar a falar português à entrada do hotel é um sentimento inexplicável."
Até ao fim e mais além: "Quero ficar até à final e se puder também passar mais uns dias aqui depois da final não me importava nada."
Recuperar a dinâmica de vitórias: "Se fosse tão fácil dizer como é que se ganhava troféus, muita gente os ganhava. Eu acho que entrei no FC Porto numa fase em que se ganhava. A verdade é que tivemos três presenças seguidas na final da Taça de Portugal, fomos campeões com recorde de pontos. Acabamos também de ganhar a primeira taça da Liga do Clube. Em conjunto também com duas supertaças. Acho que chegou um momento que nós... Não digo que era normal, por exemplo, marcarmos presença no Jamor. Mas já tínhamos aquele sentimento que quando tínhamos que marcar férias tinha que ser sempre depois da data da Taça de Portugal. Isso são coisas que nós trabalhávamos muito para conseguir alcançar, mas sabíamos que um clube como o FC Porto teria que marcar presença nas nossas finais. E a verdade é que, infelizmente, nos últimos dois anos só conseguimos... não quero estar a falar errado, mas acho que só conseguimos dois títulos. E eu digo só porque um clube como o FC Porto tem que estar a habituado a ganhar. E é isso que nós, os mais velhos aqui, que já temos esses troféus todos, tentam implementar os mais novos. É impossível um clube como o FC Porto estar dois anos sem ir à Champions, é impossível estar tanto tempo sem ser campeão, é impossível só ganhar um troféu por época. Na minha ideia é impossível, até porque fui habituado a ganhar mais que isso. É um trabalho árduo. É um trabalho que tem que vir não só dentro de campo, mas também fora de campo. E espero que esta época seja o começo de algo muito bom."
Gestão física: "O Palmeiras está em competição, está no auge. Nós também tivemos que encurtar um pouco as férias antes de vir para o Mundial porque já sabíamos que isso poderia acontecer. Também o próprio Inter-miami está em competição. Por isso, é como eu disse, vai ser um jogo extremamente difícil. O Palmeiras vem moralizado, como eu disse, é uma das minhas equipas na América do Sul dos últimos anos. Tem um grande treinador, tem grandes jogadores, do melhor que o Brasileirão já viu. Ultimamente também tem vendido para o Real Madrid, para o Chelsea. Estamos a falar de uma equipa que compra jogadores por 20, 30 milhões. Nós sabemos disso tudo e temos que nos apresentar da máxima forma."
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