Karim Benzema tem sido o jogador em destaque da França no Mundial 2014. O avançado gaulês foi o melhor jogador nos dois jogos da França, somando até agora três golos que o colocam no topo da lista de melhores marcadores.
A defender as cores da França no mundial, Benzema insiste em não cantar o hino francês. O avançado, filho de emigrantes argelinos, é muçulmano e como forma de protesto à letra do hino francês mantêm o silêncio durante o hino.
O avançado do Real Madrid não é, contudo, o primeiro a ficar em silêncio durante a "Marselhesa". Zinedine Zidane, ícone do futebol francês e mundial, também insistia em não entoar o hino. Zidane, como Benzema, era também filho de pais argelinos e o seu silêncio surgia como protesto contra a letra. A “Marselhesa”, hino oficial francês, possui uma letra que fala em sangue impuro no solo francês.
“Às armas, cidadãos
Formai os vossos batalhões
Marchemos, marchemos!
Que o sangue impuro
Banhe o nosso solo”
A forma de protesto de Benzema foi amplamente criticada em França. Marine Le Pen, líder do partido de extrema-direita Frente Nacional, é a grande critica. Le Pen chega, inclusive, a acusar Karim Benzema de “mercenário desleal”. Para a presidente da Frente Nacional, o avançado descendente de argelinos não deveria fazer parte da equipa francesa.
Relembre-se de que a seleção francesa é uma das que conta com mais descendentes de emigrantes. No Brasil, sob o comando de Didier Deschamps, estão Valbuena (ascendência espanhola), Cabaye (vietnamita), Matuidi (angolana), Sagna (senegalesa) e Varane (Martinica).
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