Durante os dois dias que passou em Magaliesburg, onde ficará instalado o “quartel general” da “selecção das quinas” durante o primeiro Mundial de futebol em solo africano (11 de Junho a 11 de Julho), Carlos Queiroz tem-se desdobrado entre visitas aos vários locais chave que acolherão a equipa, debruçando-se sobre os mais variados aspectos e falando com especialistas de todas as áreas envolvidas na recepção às “estrelas” portuguesas.
Esta manhã, durante a segunda visita à escola de Bekker, situada a uns meros cinco quilómetros do Valley Lodge, onde a equipa ficará alojada, Queiroz voltou a observar de perto a reabilitação dos relvados e as novas instalações para jornalistas e visitantes, admitindo que “nada será deixado ao acaso”.
“Preocupo-me com todos os detalhes, não só da equipas como todas os aspectos relacionados com a imprensa, com o público, a circulação, a comodidade de todos, mas sobretudo a tentativa de fazer as coisas o mais simples possível para que o trabalho não seja perturbado e nós possamos estar sempre concentrados naquilo que temos para fazer”, explicou o seleccionador.
São incontáveis os detalhes a ter em conta na permanência da equipa nacional na África do Sul e que será tanto mais longa quanto mais ela progredir nas diferentes fases do Mundial.
Queiroz e o seu “staff” técnico optaram por uma localização rural, o já bem conhecido Valley Lodge”, na pequena localidade de Magaliesburg, a noroeste de Joanesburgo e Pretória, com o objectivo de escudar os jogadores do stress natural da competição, e uma vez que a maioria deles chegarão à África do Sul no termo de 11 meses de competição “a doer” nos clubes e de um estágio na Covilhã.
“Há uma grande diferença entre eles estarem aqui, nesta tranquilidade e com espaços verdes por todo o lado, e estarem enclausurados num típico hotel de cidade. Aqui poderão gozar de um descanso espiritual e de recuperações físicas muito mais adequadas, tendo condições ideais para descansar e prepara-se para os jogos”, salienta o seleccionador.
Para além de ficar alojada num espaço com grande conforto, rodeado de uma vegetação luxuriante e a curta distância dos campos de treino, selecção portuguesa estará a uma distância de 45 minutos do aeroporto de Lanseria, onde aterram e descolam os “charters” que transportarão a equipa para os jogos, a milhares de quilómetros de distância, e de volta a Magaliesburg.
“Com este plano, pelo menos nos três jogos da fase de grupos (contra a Costa do Marfim, Coreia do Norte e Brasil), sairemos daqui de manhã e os jogadores estarão de volta para jantar no seu hotel, à noitinha, uma vez que os jogos são todos à tarde”, salienta Queiroz, numa demonstração de que nada foi deixado ao acaso.
Carlos Queiroz e os responsáveis da Federação Portuguesa de Futebol que o acompanham nesta visita, partem esta tarde para o “resort” turístico de Sun City, onde participarão no encerramento de uma conferência da FIFA sobre medicina desportiva, e, terça feira, num “workshop” para seleccionadores presentes no Mundial 2010.
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