“O fim de um mundo”, titula o diário L´Équipe, que na sua crónica refere que a eliminação era aguardada e que “selou o fracasso mais estrondoso da história da equipa de França”.
Este jornal resume a era do seleccionador Raymond Domenech à frente dos “bleus” em “uma final e dois fiascos”, referindo-se à final alcançada em 2006, no Mundial da Alemanha, e aos dois últimos fracassos, em que não ultrapassou a primeira fase no Europeu de 2008 e no Mundial de 2010.
O editorial do jornal é muito duro para com o conjunto gaulês, classificando o papel da França no Mundial como um “monumental fracasso” e reclamando sanções para os jogadores amotinados – a equipa francesa recusou-se a efectuar um treino em sinal de protesto pela expulsão da concentração do jogador Nicolas Anelka -, bem como a destituição dos responsáveis da Federação Francesa de Futebol.
O diário Le Parisien, um dos mais lidos em França, destaca o seleccionador, colocando em legenda a uma fotografia: “Obrigado e Adeus!”, dando já sinais de estar a aguardar pelo novo inquilino no banco, o antigo internacional Laurent Blanc.
“Depois de seis dias de psicodramas, não houve milagre. Os ‘bleus’ foram eliminados lamentavelmente do Mundial”, pode ler-se no quotidiano, que adianta que a “França não está preparada para os perdoar”, por culpa do “Mundial da vergonha”.
Por seu turno, o diário Liberation optou pela ironia para se referir ao adeus da equipa gaulesa: “Mais uma vez, bravo!”.
Além deste título, o jornal destaca que “a tragicomédia finalmente acabou”, num mundial que, considera o quotidiano, pode ter danificado por muito tempo a imagem do futebol francês.
O Fígaro sublinha que agora há que “reconstruir tudo” no seio da selecção francesa após “o desastre” e colocar um fim “ao pesadelo”.
A França, vice-campeã em título, foi afastada na primeira fase do Mundial que está a decorrer na África do Sul, somando duas derrotas e apenas um empate no grupo A, que ditou a passagem aos oitavos de final do Uruguai e do México.
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