Em entrevista à agência Lusa, dias depois de uma reunião de três dias com responsáveis da FIFA, Luís Fernandes, responsável governamental pela organização, considera que o “Mundial foi um sucesso”, fez calar quem duvidava da capacidade organizativa brasileira e melhorou “a autoestima do país”.
“Tivemos um recorde de venda de ingressos, recorde de vendas de pacotes de hospitalidade e tecnicamente tivemos jogos muito bons”, afirma o responsável, abrindo uma exceção “para as fracas prestações das seleções brasileira e portuguesa”.
Luís Fernandes lembra que durante a competição – disputada entre 12 de junho e 13 de julho – foi igualado o recorde de golos (171) estabelecido no Mundial de França, em 1998.
O governante, nascido em Portugal, entende que todo o “sucesso de ponto de vista operacional foi combinado com um sabor brasileiro de festa contínua, alegria, carnaval na rua e clima de hospitalidade”.
Luís Fernandes considera que “não existiram protestos significativos durante o Mundial”, ao contrário do que sucedeu durante a Taça das Confederações, em 2013.
“O foco dos protestos na Copa das Confederações e mesmo antes do Mundial não eram as competições”, defende, acrescentando que os manifestantes “aproveitaram o facto de o Brasil ser um palco mundial para dar maior visibilidade às manifestações”.
O governante defende que a opção de dividir a competição por 12 estados do Brasil foi a mais correta, porque “o Mundial foi uma oportunidade de promover o desenvolvimento económico e social das regiões que tiveram jogos” e rejeita a ideia de que alguns estádios se transformem em “elefantes brancos”.
Dando como exemplo o estádio de Manaus, onde Portugal empatou 2-2 com os Estados Unidos, Luís Fernandes destaca o retorno económico numa região na qual não existiam clubes de futebol nas principais competições brasileiras.
“Ter uma sede do Mundial no coração da floresta amazónica já deu um retorno económico gigantesco a Manaus em termos turísticos”, garante, lembrando que os estádios tem sido usados para espetáculos musicais e de outros desportos.
Dois meses depois da competição, Luís Gonçalves admite que o Mundial, o segundo organizado pelo Brasil depois do de 1950, foi uma “oportunidade de antecipar investimentos e infraestruturas essenciais para o desenvolvimento do país” e assegura que as “que ainda não ficaram prontas para o Mundial – por não serem essenciais – foram integradas num programa do governo e deverão terminar em breve”.
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