Quando forem 16h00 (15h00 em Lisboa), Portugal e Brasil sobem ao relvado do Estádio Moses Mabhida, em Durban, para aquele que será um dos jogos a centrar mais atenções nesta primeira fase da competição.
Num estádio cheio, certamente repleto de muitos portugueses - na sua maioria emigrantes - a selecção orientada por Carlos Queiroz vai procurar confirmar a passagem aos oitavos-de-final.
Para isso, os Navegadores precisam de vencer o Brasil ou empatar, mas até uma derrota pode dar esse passaporte para a fase seguinte da prova. Depois da goleada frente à Coreia do Norte, Portugal tem uma diferença de 7 golos positivos e só mesmo um verdadeiro descalabro esta tarde, aliado a uma vitória contundente da Costa do Marfim sobre os norte-coreanos, pode afastar Portugal do “mata-mata” na África do Sul.
Olhando para o histórico dos jogos entre as duas equipas os números não sorriem aos portugueses, mas o único embate entre as duas selecções numa fase final do Mundial, em 1966, acabou mesmo com a vitória de Eusébio e Simões por 3-1.
Com 18 jogos entre as duas equipas, Portugal ganhou apenas quatro, empatou dois e perdeu doze. No confronto mais recente, o amigável de Brasília, em 2008, 6-2 foi o resultado, mais uma vez favorável à canarinha.
Carlos Queiroz disse na conferência de imprensa de ontem que “não é com base no passado que se constrói o futuro” e por isso hoje escreve-se uma nova página nos jogos entre Portugal e Brasil.
Nas contas deste jogo pode também entrar o adversário dos oitavos-de-final. Chile, Espanha e Suíça estão na corrida, mas uma vez que os jogos do grupo H só estão marcados para as 20h30 locais, Portugal e Brasil devem apenas concentrar-se nos seus desafios e, como disse Dunga, “agora é para ganhar e amanhã logo se vê”.
A goleada à Coreia começou com Carlos Queiroz a homenagear os feitos do navegador Bartolomeu Dias, e tal com oafirmou Queiroz, "não há que voltar atrás, é seguir em frente em direcção às Índias", também por Durban passou outros dos nomes históricos das conquistas portuguesas: Vasco da Gama. O navegador português descobriu Durban a 25 de Dezembro de 1498 e ainda hoje o nome da província de Kwazulu-Natal honra a conquista dos mares desconhecidos pelos heróis portugueses.
Com tanta história e sucesso a marcarem a passagem dos portugueses por Durban, espera-se que também hoje os Navegadores consigam voltar a escrever uma página dourada da história portuguesa nesta cidade da África do Sul inspirados em Fernando Pessoa que viveu durante vários anos na terra dos amaZulu.
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