Pôncio Monteiro, que foi a enterrar com a bandeira do FC Porto em cima do caixão, recebeu a última homenagem com uma missa na igreja das Carmelitas, na Foz, que foi presenciada por muitos agentes do futebol.
Do elenco directivo do FC Porto, destacaram-se o presidente da direcção, Pinto da Costa, e Reinaldo Teles, tendo o líder dos "azuis e brancos" se mantido sempre muito próximo da família de Pôncio Monteiro.
“Toda a vida foi um campeão e morreu como um campeão”, resumiu Sardoeira Pinto, presidente da assembleia-geral do FC Porto, que enalteceu as “qualidades humanas e de dirigente de um homem cuja partida deixa mais pobre a cidade do Porto e Portugal”.
Pôncio Monteiro, Dragão de Ouro, máxima distinção do FC Porto, recebeu a homenagem da administração e equipa técnica do clube, liderada pelo treinador André Villas-Boas, mas também de outros dirigentes e treinadores, que compareceram em número assinalável.
Os treinadores Artur Jorge, António Oliveira e Augusto Inácio, os antigos futebolistas Fernando Gomes e Fernando Couto e a ex-atleta Aurora Cunha foram algumas das personagens do universo “azul e branco” presentes.
Os ex-autarcas portuenses Fernando Gomes e Nuno Cardoso também compareceram, tal como Valentim Loureiro (antigo presidente da Liga), António Salvador (presidente do Sporting de Braga) e Lourenço Pinto (presidente da Associação de Futebol do Porto).
Comentador de futebol em programas de debate televisivo, recebeu igualmente o último adeus de ex-colegas, como Rui Moreira, o benfiquista Fernando Seara e os sportinguistas Dias Ferreira e Eduardo Barroso.
“Brincávamos sempre. Íamos para o programa a ironizar e saíamos a ironizar. Ele sempre aquele com sorriso maroto. O que mais me perturbou aqui foi vê-lo e ele a olhar com aquele sorriso”, desabafou Fernando Seara.
Dias Ferreira falou da “saudade de um amigo que partiu” e “a imagem de amigo que não falhava em circunstância alguma”.
“Destaco a sua inteligência, sentido de humor e ironia, que me desesperaram tantas vezes. Conheci-o pouco tempo, mas com grande intensidade, uma vez por semana. Vim despedir-me. Também perdi um amigo. Amigo recente, mas um amigo”, acrescentou Eduardo Barroso.
António Oliveira era dos amigos mais emocionados e a voz embargada não o permitiu falar, ao contrário do que aconteceu com a sua mulher na igreja, com uma mensagem clara aos presentes: “Era um amigo de todas as horas, inabalável na honra e inquestionável nos princípios”.
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