Durante a conferência de imprensa de antevisão do duelo com o Queens Park Rangers, José Mourinho, treinador do Chelsea, recordou os seis meses que passou no comando da União de Leiria para defender que treinar um clube de topo é mais difícil do que comandar um pequeno.
"Todos os clubes para onde me transferi eram clubes grandes, mas não os melhores na altura. Não eram os clubes com mais recursos, nem os que estavam em melhores condições de triunfar. Eram clubes grandes, com grandes expectativas, mas não estavam nas melhores condições. O Inter estava há 50 anos sem vencer a Liga dos Campeões e era isso que tínhamos de mudar, não vencer o 'scudetto'. Estávamos lá para vencer a 'Champions'", começou por dizer o treinador português.
"Eram grandes equipas, com grandes expectativas, mas não na melhor situação, portanto eram grandes desafios. De certa forma, era mais desafiante do que trabalhar numa equipa pequena. Quando trabalhei num pequeno [União de Leiria], estava no terceiro lugar em janeiro e, por causa disso, fui para um grande [FC Porto, sucedendo a Octávio Machado]. Em Leiria disseram-me para utilizar jogadores jovens mas garantir a manutenção. Em Portugal, nessa altura, era possível garantir a manutenção com menos de 40 pontos, mas em janeiro já estávamos com 41 ou 43, terceiros na Liga, a entrar em todos os jogos de forma tranquila porque os nossos objetivos já tinham sido atingidos", acrescentou Mourinho.
"Voltaria a um clube pequeno se não tivesse uma proposta de um grande. A minha situação é clara: quero trabalhar mais 15 ou 20 anos. Se, durante este período, fizer o suficiente para continuar num clube de topo, continuo. Se não conseguir, e só tiver clubes pequenos interessados em mim, vou trabalhar num pequeno", garantiu ainda o técnico dos "blues".
O Chelsea recebe o QPR este sábado, a partir das 15h00, em jogo referente à Premier League.
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