Rui Patrício é o novo reforço do Wolverhampton. O guarda-redes da seleção de Portugal deixou o Sporting este verão, depois de ter apresentado a sua rescisão de contrato alegando justa causa. O Sporting podia ter ganho 18 milhões pelo guarda-redes no início de junho mas, à última da hora, Bruno de Carvalho travou a sua venda para o Wolverhampton. Pouco tempo depois rescindiu com o Sporting, alegando justa causa.
O guarda-redes assinou por quatro temporadas com a equipa que vai jogar na Premier League na próxima época. Os 'Wolves', treinados pelo português Nuno Espírito Santo, foram os campeões do Championship.
No vídeo de apresentação de Patrício, publicado nas redes sociais, o Wolverhampton destaca os 70 jogos do guarda-redes na Seleção de Portugal e o facto de ter sido eleito Melhor Guarda-redes do Euro2016, ganho por Portugal.
Rui Patrício, com 70 jogos na seleção portuguesa, fez toda a sua carreira no Sporting, o seu clube de formação, ao serviço do qual alinhou pela primeira vez na época 2006/07, antes de se tornar o titular da baliza 'leonina' nas 11 temporadas seguintes.
O guarda-redes foi um dos nove jogadores que alegaram justa causa para rescindirem contrato com o Sporting após o final da temporada, na sequência das agressões de que foram alvo futebolistas, elementos da equipa técnica e staff em 15 de maio, na Academia de Alcochete. Dos cerca de 40 atacantes que invadiram as instalações, 27 foram detidos e ficaram em prisão preventiva.
De recordar que o número 1 da baliza portuguesa esteve para ser transferido pelo Sporting para os 'Wolves' mas o negócio acabou por não se concretizar. Na altura, a Gestifute, empresa que gere a carreira do jogador e que liderava as negociações, justificou o fracasso pelo facto de Bruno de Carvalho ter pedido mais dois milhões de euros, dos 18 que os dois clubes tinham acordado.
Versão diferente foi apresentado pela direção do Sporting. Bruno de Carvalho contou que abordou o negócio porque Jorge Mendes queria descontar uma verba que o Sporting lhe deve, desde os tempos de Godinho Lopes, algo que o líder leonino não aceitou.
Em face da decisão do Sporting em abortar a transferência para o Wolverhampton, o guarda-redes apresentou a carta de rescisão de contrato, alegando que não tinha condições psicológicas para continuar a representar o clube, depois das agressões sofridas pela equipa de futebol principal, técnicos e médicos em Alcochete.
"Considero que uma sucessão de factos imputáveis à Sporting Clube de Portugal são violadores das obrigações legais e contratuais sobre esta SAD...sendo os mesmos alienatórios da minha dignidade profissional (...) colocando em causa a minha segurança e integridade física".
O guardião garantia que não tinha "condições mínimas para exercer a minha atividade do jogador profissional" e apontou o dedo a Bruno de Carvalho, responsabilizando-o pelo clima de animosidade dos adeptos para com os jogadores.
"A partir de janeiro do corrente ano, o presidente do Sporting Clube de Portugal começou a colocar uma pressão inaceitável em todos os jogadores e na equipa, insinuando que os resultados seriam responsabilidade da falta de profissionalismo dos jogadores", escreveu Patrício, na carta de rescisão.
Agora vai jogar no Wolverhampton, juntando-se aos portugueses Diogo Jota, Rúben Neves,
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