A identidade é uma coisa importante e há quem não queria abdicar da sua, seja qual for o motivo. Rúben Amorim é um desses casos e até podia ter saído mais cedo do Sporting se estivesse disposto a abdicar do sistema com três centrais que celebrizou desde os tempos do Casa Pia.

Quem o garante é o jornal britânico "The Athletic", responsável por revelar que o nome do treinador português esteve mesmo em cima da mesa do Manchester United no final da época passada, mas a inflexibilidade tática demonstrada pelo português não agradou aos responsáveis dos 'red devils'.

Recorde-se que o Liverpool também sondou Amorim, mas debateu-se com o mesmo problema, por considerar o 3-4-3 demasiado defensivo e acreditar que uma equipa candidata ao título tem de privilegiar formações mais ofensivas.

Além desta questão tática, o problema que gerou o atraso na transferência está relacionado com a cláusula de rescisão. Os 10 milhões de euros pedidos por Frederico Varandas para libertar Rúben Amorim eram considerados excessivos pelos dirigentes do United, até porque este valor entra diretamente no top de transferências mais caras de treinadores.

Ainda assim, após o despedimento de Erik ten Hag, ficou logo entendido que seria preciso investir para arranjar uma solução de longo prazo e os responsáveis dos 'red devils' perceberam que teriam mesmo de abrir os cordões à bolsa para garantir o próximo treinador.