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O Sporting visita, este domingo, o Estádio da Luz, em jogo da 26.ª jornada, com início às 20h15.
Jorge Cadete, ex-jogador de Sporting e Benfica, considera que «não há, neste momento, em termos de futebol jogado, grande diferença entre as duas equipas» e acredita que os “leões” vão à Luz «sem temor e para ganhar».
«Em termos de jogo jogado e de motivação, a diferença que há entre o Sporting, depois dos últimos três jogos que realizou, e o Benfica está nos pontos que os separam na classificação», disse à agência Lusa Jorge Cadete.
O antigo internacional luso vai mais longe e diz mesmo que o Sporting «não tem temor algum» em ir à Luz, neste momento, «jogar o jogo pelo jogo» com o Benfica, a despeito da juventude que impera na equipa, cuja imaturidade, admite, «pode ser prejudicial», mas contrapõe que «a irreverência” que lhe está associada «pode ser benéfica».
Em favor do Sporting, invocou a experiência e o conhecimento profundo que Jesualdo Ferreira tem do futebol português e das equipas do campeonato, a sua capacidade para transformar jovens em grandes jogadores e os títulos que já conquistou.
«Em termos táticos, porá a equipa a jogar sem medos. Não acredito que o Sporting vá à Luz para defender o empate, acredito que vai entrar em campo para vencer», disse Cadete, para quem «não seria uma surpresa» se os leões conseguissem trazer um «resultado positivo».
Reconhece que o Benfica atravessa uma fase «de grande confiança», a despeito de ter empatado os dois últimos jogos, e que “não é à toa que lidera uma prova de regularidade como é o campeonato», mas lembra que está «sob a pressão de ter de vencer” para evitar chegar ao Dragão com menos de quatro pontos de vantagem, num embate que pode decidir o título.
Admite, todavia, que o Sporting «também está pressionado» pelo facto de «cada jogo se apresentar como uma final devido à má campanha do início do campeonato» e da necessidade de assegurar «a qualificação para a Liga Europa».
Questionado sobre as razões que o levaram a apoiar a candidatura de Bruno de Carvalho à presidência do Sporting, alegou «a empatia» que sente pelo atual presidente, desde há dois anos, quando este se candidatou pela primeira vez, e pela afinidade que partilham pelo facto de ambos terem «nascido em Moçambique».
Quanto ao facto de Bruno de Carvalho se voltar a sentar no “banco”, na Luz, defende essa opção: “Mesmo subconscientemente, os jogadores, ao ver o presidente ali ao lado a vibrar e apoiar, querem dar algo em troca, que é dedicar-lhe a vitória. Penso que a melhoria do estado anímico da equipa e a aproximação entre esta e os adeptos se deve à postura e à maneira de ser do Bruno de Carvalho”.
Cadete acredita que o atual presidente “vai munir” o Sporting, no processo de reestruturação organizativa em curso, de pessoas com “capacidade, que são referências do clube, e que o servem com paixão e dedicação e não o encaram como um posto de trabalho”.
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