O Benfica partiu para a cidade dos arcebispos na liderança e na bagagem levava o louvor da UEFA, que considerou a equipa encarnada o emblema da semana, dadas as constantes goleadas desde o início da época. Esta viagem marcava, também, o regresso de Jorge Jesus à casa onde esteve o ano passado.
Domingos recebeu o Benfica dizendo que quem tinha que vencer o encontro era a equipa lisboeta, sempre candidata ao título. No entanto, o jogo teve um outro final, que sorriu ao treinador bracarense e que coloca o Sporting de Braga como a única equipa sem derrotas. Já tinham “abatido” o FC Porto no Dragão, por 1-0, o Sporting em Alavalde por 2-1, mas foi o Benfica quem saiu com a derrota mais “pesada”:2-0, e pela primeira vez, em nove jornadas, não facturou.
O Benfica entrou no jogo algo nervoso e o Braga mostrou que não estava em campo para facilitar a vida aos encarnados. A teia montada por Domingos Paciência funcionou na perfeição. Depois de uma falta de Fábio Coentrão sobre Alan, no flanco direito do ataque bracarense, Hugo Viana, de bola parada, rematou forte e bateu Quim, que não teve qualquer hipótese de defesa. Estava feito o primeiro e as bancadas do Estádio de Braga tremeram de euforia.
Ainda antes do intervalo, o Benfica marcou por Luisão, mas Jorge Sousa já tinha apitado por alegada falta de Cardozo sobre um jogador do Braga.
Na segunda metade do encontro, o Benfica correu atrás do prejuízo, e as estatísticas dizem, mesmo, que foi a equipa que mais correu, que mais oportunidades teve, mas a menos eficaz. De nada valeram os 10 quilómetros percorridos pelo incansável Ramirez. Como quem não marca sofre e, contra a corrente do jogo, cerca do minuto 80, Paulo César não desperdiçou a oportunidade, e “encaixou” o segundo dos “arsenalistas”. Estava encontrado o grande vencedor.
Problemas no túnel
Tal como aconteceu na Luz frente ao Nacional, também não faltaram os atritos no túnel de acesso, ao intervalo. Jogadores de ambas as equipas envolveram-se e Cardozo, melhor marcador do campeonato, e André Leone já não regressaram.
A confusão terá sido gerada por uma atitude menos correcta de Di Maria, ao chutar a bola contra o banco “arsenalista” e cuspido na direcção de Domingos.
No final, Jorge Jesus assumiu “que a Liga tem mais um candidato ao título”, enquanto Domingos Paciência, apesar de extremamente feliz, continua a não querer assumir essa ideia. Apesar de alguma "rivalidade" entre os dois, desta vez tudo decorreu sem exaltações, com os técnicos a cumprimentarem-se no final do jogo.
O Benfica é, agora, segundo, com menos três pontos que o líder Sporting de Braga, e mais dois que o FC Porto, terceiro classificado, que sexta-feira empatou com o Belenenses, no Dragão, a uma bola.
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